BRASILIA
– Hospitais e clínicas públicas e particulares que fazem exames de mamografia
no país terão de adotar o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia, criado
pelo Ministério da Saúde por meio de portaria publicada ontem (27) no Diário Oficial da União. O
programa já está em vigor.
Além
de garantir a qualidade, outro objetivo do programa é minimizar os riscos
associados ao uso do raio X. De acordo com a nova norma, serão avaliadas as
imagens da mamografia, o laudo médico, a capacitação dos profissionais de saúde
e a taxa de detecção de câncer de mama pelo exame.
O
monitoramento anual será feito por comitê formado por representantes do
ministério, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto
Nacional de Câncer (Inca) e de sociedades médicas. A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) também integra o grupo e deverá baixar norma obrigando os
planos de saúde a contratar somente prestadores de acordo com o programa.
A
mamografia é o exame fundamental para diagnóstico de câncer de mama, o mais
comum entre as brasileiras. Se identificado em estágio inicial, as chances de
cura são de 95%. No Brasil, a taxa de mortalidade é considerada alta, porque a
doença é identificada em fase avançada, segundo o Inca. O instituto estima
52.680 novos casos este ano.
A
mamografia deve ser feita a cada dois anos por mulheres com mais de 50 anos de
idade. A Lei da Mamografia (Lei 11.664), de 2009, dá direito à mulher, a partir
dos 40 anos de idade, a fazer o exame gratuitamente, segundo recomendação
médica.
AGÊNCIA BRASIL
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