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quinta-feira, 29 de março de 2012

DEPUTADO ARTICULA CRIAÇÃO DA FRENTE PARLAMENTAR DE COMBATE À TUBERCULOSE


BRASILIA - O deputado Antonio Brito (PTB-BA) disse nesta terça-feira que está colhendo assinaturas de apoio à criação da Frente Parlamentar de Combate à Tuberculose. O anúncio foi feito durante audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família. O objetivo do evento, que integrou a programação relativa ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março), foi dar visibilidade à doença como problema de saúde pública no Brasil.
A cada ano, 70 mil pessoas contraem tuberculose no País, o que provoca 4.300 mortes anualmente, ou seja, 12 por dia. Além disso, estima-se que 45 milhões de pessoas carreguem o bacilo de Koch, a bactéria que provoca a maioria dos casos de tuberculose.
A doença ataca principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins e meninges – as membranas que envolvem o cérebro. Os principais sintomas são tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, acompanhada ou não por febre no fim do dia.
Abandono do tratamento
Antonio Brito destaca que um dos maiores problemas para o combate à doença é o abandono do tratamento pelo paciente antes de seis meses, em razão da melhora no estado de saúde.

“Com isso, o bacilo se torna resistente, acometendo outras pessoas nas quais a medicação já não fará efeito. É preocupante também o fato de a tuberculose ser a principal causa de morte das pessoas acometidas por HIV/aids", afirmou.
O tratamento da tubeculose é feito gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), onde o paciente também recebe os medicamentos, que devem ser tomados sem interrupção por seis meses.
Redução de casos
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, destacou, durante a audiência, que os casos de tuberculose vêm diminuindo nos últimos anos.

Apesar disso, segundo Jarbas Barbosa, ainda há muito a ser feito, uma vez que a tuberculose atinge principalmente uma faixa da população que muitas vezes não consegue acessar os serviços de saúde.
"Atualmente, a tuberculose está muito concentrada em algumas áreas e populações: nas periferias das grandes cidades, nas prisões, nas áreas indígenas e entre as pessoas que vivem em situação de rua. O esforço hoje é saber como chegar a essas populações mais vulneráveis", afirmou.
Acolhimento inadequado
O vice-presidente do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (Gapa) do Rio Grande do Sul, Carlos Alberto Duarte, já se tratou por duas vezes de tuberculose pelo SUS. Ele afirma que um dos motivos de a população abandonar o tratamento da tuberculose é a falta de acolhimento adequado por parte dos profissionais de saúde que lidam com os doentes.

O secretário-executivo do Fórum ONGs Tuberculose, Carlos Basília, alertou para o desconhecimento da população e até dos médicos sobre a tuberculose. Ele citou pesquisa segundo a qual 49% dos entrevistados desconhecia a doença e 70% dos médicos foram incapazes de citar os principais sintomas de doenças como a tuberculose, a doença de Chagas e a hanseníase. Por isso, de acordo com Carlos Basília, as campanhas de informação sobre a tuberculose são tão importantes.

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