Pages

domingo, 23 de maio de 2010

BLITZ NA CE-359, PROVOCA REVOLTA

O agricultor Cícero da Silva comprou geladeira e só levou para casa, de imediato, por causa do pau-de-arara KARTEGEANNE VIEIRA


Blitz do Detran e Polícia Rodoviária muda rotina de passageiros causando transtornos e apreensão de veículo

Ibaretama. Assustados e revoltados. Dezenas de motoristas de paus-de-arara e de ônibus sem linha oficial, popularmente conhecidos como carros de horário, passaram parte da manhã de ontem estacionados no pátio de um posto de combustíveis desativado, na margem da CE- 359, a pouco mais de 15km da sede de Ibaretama. Temiam seguir viagem para Quixadá. Equipes do Detran e da Polícia Rodoviária Estadual haviam montado uma barreira naquelas imediações. Segundo eles, quem adentrava a rodovia era parado.

Os passageiros foram obrigados a desembarcar no meio da viagem. Os proprietários dos caminhões e ônibus se recusavam a trafegar pela rodovia estadual. Ouviram rumores de que só poderiam circular no perímetro do município. Se insistissem teriam seus veículos multados e aprendidos. O jeito foi aguardar a saída da blitz para voltar à rotina, explicou Cícero Gonçalves da Silva. Há 20 anos ele realiza o transporte de moradores da sua comunidade, Pedra e Cal, para Quixadá. Não se conforma com a "perseguição", como define a fiscalização.

Mais revolta demonstravam os passageiros. A agricultora Lúcia Maria dos Santos reclama do sufoco. Sem o pau-de-arara na Praça da Catedral, no Centro de Quixadá, as despesas vão praticamente dobrar.

"E a minha geladeira ? Como eu ia levar para casa ?", questionava Cícero Gonçalves da Silva. Ele mora na localidade de São João. São quase 50 quilômetros de Quixadá até a porta da sua casa, em Ibaretama. Havia acabado de comprar o eletrodoméstico. Não fosse o pau-de-arara só passaria a beber água gelada daqui há 15 dias. "Deixa a eleição chegar que a gente vai se acertar. Dessa vez somos nós que vamos dar susto neles", desabafou ele.

Objetivo

Conforme o comandante da equipe de plantão no posto da Patrulha Rodoviária Estadual, em Quixadá, sargento PM, Vítor Franklin, o trabalho de fiscalização do Detran tem o objetivo de combater o transporte clandestino de passageiros. Com o auxílio da Polícia Rodoviária, o Detran intensifica a fiscalização, principalmente quanto à segurança. Quanto aos paus-de-arara, o patrulheiro rodoviário explica haver amparo legal para circulação dos veículos de carga adaptados ao transporte coletivo. A Resolução 82/98 do Contran regulariza a necessidade.

A reportagem procurou contato com os servidores do Detran responsáveis pela coordenação da fiscalização no Sertão Central. Os auxiliares afirmaram não poder informar os nomes, telefones e nem onde poderiam ser localizados antes do enceramento desta edição.

MAIS INFORMAÇÕES:

Alô Detran0800 275 6768

Polícia Rodoviária do Ceará(85) 3383.2444

Alex Pimentel Colaborador

FONTE DIÁRIO DO NORDESTE

POLÍCIA APREENDE "VIAGRA PARAGUAIO" EM QUIXADÁ



Cerca de 200 cartelas de Pramil falsificados e contrabandeados do Paraguai foram apreendidos pela Policia Civil de Quixadá. Os comprimidos, que são usados para tratar a desfunção erétil, foram proibidos de serem comercializados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quatro farmácias foram autuadas e os respectivos proprietários foram ouvidos na Delegacia Regional do município que fica no Sertão Central do Ceará.
A Polícia informou que os comerciantes (ainda não identificados) serão indiciados pela comercialização de substâncias alteradas e contrabandeadas. A pena por esse tipo de crime varia de 10 a 15 anos.
O remédio Pramil é popularmente conhecido como “Viagra Paraguaio” e sua venda é facilitada pelo baixo custo. O preço final para o consumidor alcança um índice de 10%, no máximo, de medicamentos autorizados para tratamento de desfunção erétil como Levitra, Viagra e Cialis.

FONTE: O POVO OLINE

BRASIL JÁ USA CREDIÁRIO COMO OS EUA

Modalidades de pessoa física no Brasil, excluindo empréstimo imobiliário, atingem 15% do PIB, contra 17,2% nos Estados Unidos


RIO - Embalado pela queda dos juros e pelo aumento da renda, o crédito pessoal para o consumo disparou no Brasil desde 2002, passando de 5,1% do PIB para 15% do PIB em 2009, ou R$ 487,5 bilhões. Com essa alta, esse segmento dos empréstimos, que exclui o crédito imobiliário, já atinge nível próximo ao dos Estados Unidos, maior sociedade de consumo do planeta. Em 2009, o crédito para consumo pessoal nos EUA foi de 17,2% do PIB.
"O Brasil descobriu o crédito ao consumo nos últimos anos", diz Sérgio Vale, economista da MB Associados, que fez aquela comparação baseado em dados do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve, BC americano.
Segundo ele, no caso dos dados americanos, o peso do cartão de crédito é maior, já que essa modalidade é a principal do crédito pessoal no país. No Brasil, o financiamento para automóveis, o crédito direto ao consumidor, o consignado, o cheque especial, o cartão de crédito e o crédito pessoal são linhas do crédito à pessoa física, voltado basicamente à extensão da capacidade de consumo das famílias.
De acordo com recente relatório da consultoria LCA, o crédito à pessoa física foi o segmento que mais cresceu no boom do crédito total no Brasil, que subiu de 24,6% do PIB em 2003 para o recorde de 45% em 2009. O trabalho mostra que o crédito à pessoa física com recursos livres (que é basicamente de consumo) teve crescimento real de 249% do fim de 2003 ao fim de 2009. Isso se compara com a expansão, no período, de 135% do crédito com recursos livres para empresas, e de 112% do crédito com recursos direcionados.
Os especialistas apontam, como razão para a forte expansão do crédito para consumo, a combinação entre queda de juros e alongamento de prazos, aumento de renda e a chamada "bancarização" – a ampliação do número de brasileiros com contas bancárias. De acordo com o trabalho da LCA, para um crescimento da população brasileira de 7% de 2004 a 2009, houve ampliação de mais de 200% no número de contas correntes e contas de poupança simplificadas.
Migração
O aumento da renda, por sua vez, fica claro na migração de brasileiros entre as classe econômicas. Entre 2005 e 2009, as classes D e E caíram de 93 milhões para 67 milhões de pessoas, enquanto a classe C cresceu de 63 milhões para 93 milhões, e as classes A e B saíram de 26,5 milhões para 30,2 milhões.
Como explica Walter Malieni, diretor de crédito do Banco do Brasil, o alongamento do prazo do financiamento, a diminuição da taxa de juros e o aumento dos salários combinam-se para ampliar a capacidade de endividamento das famílias, sem comprometimento maior da renda mensal. "Os nossos estudos indicam que prazo, taxa, massa salarial e confiança do consumidor interferem de forma direta na capacidade e na disposição de endividamento das pessoas físicas", diz Malieni.
O trabalho da LCA, porém, aponta que o comprometimento da renda dos brasileiros com o serviço das dívidas cresceu de 5% em 2001 para cerca de 18% em 2009, mais do que o mesmo indicador nos Estados Unidos, de pouco mais de 15%.
Segundo o BC, o spread médio das operações de crédito à pessoa física em março de 2010 era de 29 pontos porcentuais ao ano, e o prazo médio era de 526 dias. Em dezembro de 2002, o spread médio era de 54,5 pontos e o prazo médio de 317 dias.
O aumento dos empréstimos à pessoa física levou a uma explosão do consumo de produtos mais ligados ao crédito. O economista Bráulio Borges, da LCA, nota que o volume de vendas médias mensais de móveis e eletrodomésticos cresceu 167% entre 2002 e o primeiro trimestre de 2010. Já o número de automóveis vendidos, nacionais e importados, variou entre 1,2 e 1,3 milhão de 2000 a 2004, antes de iniciar a forte alta que elevou o total a 2,5 milhões em 2009.
As vendas de computadores saíram de perto de 3 milhões no início da década para 12 milhões em 2009, com projeção da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) de 14 milhões para este ano.
Bancos
A explosão do crédito à pessoa física refletiu-se na carteira dos maiores bancos. No Banco do Brasil, saltou de R$ 24 bilhões em dezembro de 2006 para R$ 95 bilhões em março de 2010, quase 300%. Esse total inclui crédito imobiliário, mas é uma fração muito pequena (embora esteja crescendo). O maior salto no período foi no financiamento a veículos, de R$ 918 milhões para R$ 8,9 bilhões – 865%. A linha mais volumosa, em março de 2010, era o crédito consignado, com R$ 31 bilhões, e uma alta de 277% naquele período.
Já no Bradesco a carteira total de crédito à pessoa física cresceu, nos 12 meses até março, de R$ 73,7 bilhões para R$ 86 bilhões – 16,7%. Em março de 2010, o financiamento de veículos atingiu R$ 21 bilhões, alta de 5,5% em 12 meses; e o consignado a R$ 11,5 bilhões, alta de 64%.

Fernando Dantas, de O Estado de S. Paulo

FONTE: AGÊNCIA O ESTADO

FALTA DE QUALIFICAÇÃO DIFICULTA PREENCHIMENTO DE VAGAS DE TRABALHO NO BRASIL, MOSTRA PESQUISA


Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de dois terços dos empregadores no Brasil têm dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para preencher vagas, segundo pesquisa realizada pela consultoria internacional de recursos humanos Manpower. As informações são da BBC Brasil.
A pesquisa ouviu mais de 35 mil empregadores em 36 países e segundo a pesquisa a falta de mão de obra no Brasil só não é maior do que a do Japão. Entre os empresários brasileiros, 64% disseram ter dificuldades para preencher vagas com profissionais qualificados. No Japão, esse percentual foi de 76%. A média dos 36 países pesquisados foi de 31%.
O estudo diz que a crise econômica mundial a partir de 2008 ajudou a reduzir o problema na maioria dos países. Em 2006, a média de empregadores que não conseguia encontrar profissionais qualificados em quantidade suficiente era de 40% nos países pesquisados.
Nos Estados Unidos, esse percentual caiu de 44% para 14% entre 2006 e 2010. Na Irlanda, país com menor escassez declarada de mão de obra qualificada, com 4% hoje, tinha 32% em 2006. Na Grã-Bretanha, o percentual caiu de 42% em 2006 para 9% em 2010. A Espanha, outro país fortemente atingido pela crise, teve o percentual reduzido de 57% em 2006 para 15% neste ano.
Contudo, muitos países em desenvolvimento, que foram menos atingidos pela crise mundial, viram a escassez de mão de obra qualificada aumentar. Na Argentina, 41% dos empregadores afirmavam ter dificuldade de preencher seus cargos com gente qualificada em 2007, primeiro ano em que o país aparece na pesquisa. Em 2010, esse percentual aumentou para 53%.
Na China, o percentual era de 24% em 2006, caiu para 15% em 2008, mas subiu a 40% em 2010. Na Índia, houve um aumento foi menor, de 13% em 2006 para 16%, depois de chegar a 20% em 2009.
Edição: Tereza Barbosa


FONTE:AGÊNCIA BRASIL

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...