Quixeramobim
O promotor de Justiça respondendo pela Comarca de Quixeramobim, Jucelino Oliveira Soares, ofereceu na última segunda-feira, 11, denúncia formal contra a médica Maria de Fátima Bezerra de Alencar, acusando-a de ter atuado de forma negligente e imprudente, dando causa a um aborto que vitimou, no dia 15 de março de 2014, um bebê, no Hospital Regional Pontes Neto, nesta cidade do Centro do Estado.
O promotor de Justiça respondendo pela Comarca de Quixeramobim, Jucelino Oliveira Soares, ofereceu na última segunda-feira, 11, denúncia formal contra a médica Maria de Fátima Bezerra de Alencar, acusando-a de ter atuado de forma negligente e imprudente, dando causa a um aborto que vitimou, no dia 15 de março de 2014, um bebê, no Hospital Regional Pontes Neto, nesta cidade do Centro do Estado.
Segundo
divulgação feita através do portal oficial do Ministério Público do Ceará, o
promotor de Justiça afirma existir pela vasta documentação médica encartada no
inquérito policial, como também pela Certidão de Óbito, na qual consta como
causa da morte do bebê asfixia intrauterina. Trata-se de crime do aborto
provocado por terceiro sem o consentimento da gestante, previsto no artigo 125,
do Código Penal Brasileiro (CPB).
Ainda
de acordo com o representante do Ministério Público, não fora realizado exame
de necrópsia no feto, tendo a mãe afirmado que fora induzida por uma das
enfermeiras a não permitir a realização do exame, pois isso ocasionaria ainda
mais sofrimento para a mãe, uma vez que o corpo do bebê passara mais três dias
em Fortaleza e seria cortado para o exame.
De
acordo com a peça criminal, no decorrer do atendimento, a paciente esclareceu à
medica toda a situação vivenciada, inclusive o fato de que, a cada momento,
sentia menos a criança mexer em sua barriga e que já se tratava de uma gravidez
estendida, passando dos nove meses, tendo a profissional de saúde aduzido, vez
que não realizara qualquer exame clínico mais apurado, que não haveria
necessidade de realizar parto cesária. Informou, ainda, que o bebê estava bem e
que a gestante logo entraria em trabalho de parto.
Todavia,
ainda conforme o promotor de Justiça, apurou-se que a vítima, em estado
gravídico, estava sendo assistida em seu pré-natal pelo médico Wagner Carlos
Félix, com a complementação do médico Francisco Rômulo Coelho de Figueredo, os
quais mercê de seu acompanhamento ao longo dos messes com a gestante, houveram
por bem determinar a realização de parto cesária, no dia 14 de março de 2014, a
ser realizada na unidade de saúde mencionada.
A
reportagem do Sertão Alerta tentou localizar a médica Maria de Fátima
Bezerra de Alencar através da direção do Hospital Regional de Quixeramobim
Pontes Neto. Todavia, até a publicação desta edição não havia sido possível
realizar o contato telefônico.
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