Celso Amorim, vai ser o novo ministro da Defesa.
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Brasília – O Palácio do Planalto confirmou, agora há pouco, a saída do
ministro da Defesa, Nelson Jobim. O ministro, que estava em Tabatinga (AM), na
fronteira do Brasil com a Colômbia, teve que antecipar o retorno a Brasília,
chamado pela presidenta Dilma Rousseff. A ministra da Secretaria de Comunicação
Social, Helena Chagas, informou que o ex-chanceler do governo Lula, Celso
Amorim, vai ser o novo ministro da Defesa.
A situação de Jobim se deteriorou depois que foram divulgados trechos de uma
entrevista dele à revista Piauí, que circula amanhã (5), com críticas
ao governo e, em especial, à ministra de Relações Institucionais, Ideli
Salvatti.
Na entrevista, Jobim disse que Ideli é uma ministra “muito fraquinha” e que
Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, "não conhece Brasília". Não foi a
primeira vez que Jobim causou desconforto à presidenta Dilma. Na semana passada,
o ex-ministro revelou que, na última eleição presidencial, votou em José Serra
por razões pessoais.
A reunião entre Jobim e Dilma durou menos de cinco minutos, segundo
assessoria do Planalto. Em sete meses de governo, Jobim é o terceiro ministro a
deixar o governo. O primeiro a sair foi Antonio Palocci, que deixou o cargo em
meio a suspeitas de tráfico de influência. Também afastado por suspeita de
corrupção, o ministro Alfredo Nascimento saiu do Ministério dos Transportes no
mês passado.
Dilma também alterou a articulação política do governo, remanejando o
ministro Luiz Sérgio para a Secretaria da Pesca e levou a ministra Ideli para a
Secretaria de Relações Institucionais.
Pela manhã, Dilma se reuniu com as ministras Ideli, Gleisi, e Helena, além do
ministro Gilberto Carvalho para tratar da demissão de Jobim. A conclusão dessa
reunião teria sido pela demissão.
Dilma pediu um exemplar da revista e, somente depois de ler a íntegra da
entrevista decidiu ligar para o ministro e avisá-lo sobre a demissão. A pedido
de Dilma, Jobim, que estava em Tabatinga (AM), fronteira com a Colômbia,
antecipou seu retorno à Brasília.
Nelson Jobim deixou o Ministério da Defesa pouco mais de quatro anos após ter
assumido o posto. Ele foi convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
a substituir o então ministro Waldir Pires, em julho de 2007, quando o governo
enfrentava o caos aéreo.
Filiado ao PMDB, Jobim foi presidente do Supremo Tribunal Federal (2004-2006)
e ex-ministro da Justiça do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1997).
Tem prestígio com os militares por sua postura conciliadora e em defesa das
tropas.
O ex-ministro foi contrário à criação da Comissão da Verdade, proposta
contida no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) que tem o objetivo de
investigar os crimes ocorridos durante a ditadura militar. Essa posição
ocasionou mal-estar com colegas de governo, mas serviu para reforçar seu
prestígio com os militares.
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
FONTE:
AGÊNCIA BRASIL
FONTE:
AGÊNCIA BRASIL
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