A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou, no primeiro semestre deste ano,
projeto que sugere ao Poder Executivo a criação da Casa de Acolhimento da Mulher Violentada. A proposta é da
líder do PR na Casa, deputada Fernanda Pessoa.
Tudo em caráter emergencial. Os grupos
serão formados por profissionais da psicologia e serviço social. Se for preciso,
os filhos das pacientes também receberão assistência. A deputada sugere que as
Casas sejam criadas em municípios com mais de 50 mil habitantes.
A
deputada cita a história da biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes,
tetraplégica depois de baleada pelo ex-marido Heredia Viveros, em 1983. Ele
ficou preso por dois anos, mas foi solto em 2002. Hoje, está em liberdade. O
caso tomou proporções internacionais. Atualmente, ela é coordenadora de estudos
da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e
Amigos de Vítimas de Violência (Apavv) no Ceará.
Fernanda Pessoa toma
como base o artigo 35 da Lei Maria da Penha para embasar seu projeto. O texto de
2006 diz que “a União, o Distrito Federal, os estados e os municípios poderão
criar e promover (...) centros de atendimento integral e multidisciplinar para
mulheres e respectivos dependentes em situação de violência doméstica e
familiar; e casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em
situação de violência doméstica e familiar”.
Na opinião da líder do PR, a
Casa de Acolhimento possibilita “a restituição da auto-estima e a garantia do
direito à convivência familiar e comunitária às vítimas de violência doméstica”.
Como violência doméstica, ela cita agressão física, maus-tratos, agressão verbal
e intimidações.
Segundo a parlamentar, a Casa irá beneficiar cerca de 290
mil mulheres da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). “Os índices de
violência contra a mulher vêm aumentando continuamente com os mais variados
tipos de violência, como a agressão doméstica, estupros dentro e fora de casa,
coação sexual no ambiente de trabalho, assassinatos por maridos e familiares,
atentado ao pudor e discriminação”, argumenta.
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