Destaque para investimentos de US$ 890 milhões destinados em aumentar a
capacidade da ferrovia e do porto do sistema Norte, com a construção de mais um
terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. A companhia também deverá
investir US$ 581 milhões no projeto de cobre Salobo II, em Marabá, no Pará, com
início da produção no segundo semestre de 2013. E de acordo com a mineradora,
63,7% dos investimentos serão realizados no Brasil, enquanto 11,7% será
destinado ao Canadá e outros 9,1% na África
.
Rio de Janeiro– A Vale S.A. (Vale) informa em comunicado que o Conselho de
Administração aprovou o orçamento de investimentos1 de 2012, compreendendo
dispêndios de US$ 12,9 bilhões destinados à execução de projetos, US$ 2,4
bilhões com pesquisa e desenvolvimento (P&D) e US$ 6,1 bilhões dedicados à
sustentação das operações existentes. Com base em uma visão de longo prazo dos
fundamentos do mercado global de minerais e metais
A companhia afirma que “o orçamento de investimento está alinhado com a visão
de se tornar a melhor companhia global de recursos naturais em geração de valor
no longo prazo, com excelência e paixão por pessoas e pelo planeta”.
Desenvolvimento de projetos- A Vale possui atualmente 20 principais projetos
aprovados pelo Conselho de Administração e em construção para colocar em prática
o seu crescimento orgânico. Os principais projetos são detalhados neste
relatório e compreendem 75% dos US$ 12,949 bilhões orçados para o
desenvolvimento de projetos em 2012.
P&D-Os investimentos da Vale em P&D são a base das opções futuras de
crescimento. O orçamento para 2012 envolve US$ 918 milhões para financiar o
programa global de exploração mineral, US$ 848 milhões para estudos conceituais,
de pré-viabilidade e de viabilidade, e US$ 591 milhões a serem investidos em
novos processos, e inovações e adaptações tecnológicas.
O programa de exploração mineral compreende iniciativas nas Américas, África,
Ásia e Australásia. Os dispêndios serão dedicados para seguirmos desenvolvendo
nossas reservas de minério de ferro (US$ 282 milhões) e níquel (US$ 202
milhões), e para explorar oportunidades em cobre (US$ 156 milhões), carvão (US$
75 milhões), e potássio e rocha fosfática (US$ 50 milhões).
Investimento para sustentação das operações-O investimento orçado para
sustentar as operações existentes em 2012 é de US$ 6,106 bilhões, e será
dedicado não somente a manter nossos níveis de produção, mas também para
investir em iniciativas de aumento da eficiência operacional, excelência em
saúde e segurança, e proteção ambiental.
Estamos expandindo as barragens e pilhas de estéril para manter as taxas de
produção, juntamente com iniciativas para melhorar a gestão da manutenção,
alcançando maiores taxas de utilização, com a finalidade de obter menores custos
de manutenção e uma maior eficiência operacional. A Vale também está investindo
para melhorar a eficiência gerencial, integrando melhor as informações dentro da
empresa.
Estamos desenvolvendo o projeto AER (redução de emissão atmosférica), que irá
reduzir significativamente a poluição do ar no Canadá, ampliando o legado
positivo para a comunidade na região de Sudbury. O projeto plurianual inclui
reflorestamento e preservação ambiental.
Em linha com nosso foco na busca de excelência em saúde e segurança, a Vale
está investindo para melhorar os padrões de nossas operações.
O investimento normalizado orçado para sustentação das operações, líquido das
iniciativas para aumentar a eficiência e sustentabilidade descritas
anteriormente, representa 4,4% da nossa base de ativos em setembro de 2011, e
está em linha com os 4,7% do período entre 2007 e 2010. Depois de adicionar as
iniciativas já descritas, o investimento aprovado para sustentar as operações
alcança 6,5% da nossa base de ativos.
Ênfase na sustentabilidade-A sustentabilidade contribui para um mundo melhor
e ao mesmo tempo aumenta a nossa competitividade no longo prazo. O
desenvolvimento sustentável é alcançado quando nossos negócios geram valor para
os acionistas, enquanto criam um legado social, econômico e ambiental positivo
nas regiões nas quais operamos.
Investimentos em responsabilidade social corporativa em 2012 alcançarão US$
1,648 bilhão, dos quais US$ 1,354 bilhão será investido na proteção e
conservação ambiental, e US$ 293 milhões em programas sociais.
“A Vale está comprometida em desenvolver uma matriz energética mais limpa,
investindo em fontes de energia renováveis, como por exemplo, geração eólica e
biocombustíveis. O programa de biodiesel envolve o plantio de 80.000 hectares
para produzir 360,000 tpa de biodiesel a partir de óleo de palma, contribuindo
para minimizar emissões de gases de efeito estufa, como também promovendo o
desenvolvimento para as comunidades locais no estado do Pará. O parque de
energia eólica da Vale, no estado do Rio Grande do Norte, terá uma capacidade
total estimada em 65,7 MW”, diz a nota.
.Produção esperada para 2012:
Desafios na execução de projetos- De acordo com o comunicado da mineradora, a
execução de projetos de capital é um dos maiores desafios para a indústria de
mineração. A Vale enfrenta alguns obstáculos para implantar o seu portfólio de
ativos de classe mundial: licenciamento ambiental, maior escassez relativa de
capital humano, pressões de custo e prazos de entrega mais longos.
“O licenciamento ambiental tem sido o principal risco para o desenvolvimento
de projetos. Para lidar com este desafio, estamos tomando medidas para melhorar
a eficiência nos processos de licenciamento, como a maior integração entre as
equipes de meio ambiente e desenvolvimento de projetos, o desenvolvimento de um
Guia de Melhores Práticas para Licenciamento Ambiental e o Meio Ambiente, a
montagem de equipes de especialistas altamente qualificados, maior interação com
as agências ambientais, e a criação de um Comitê Executivo para agilizar
decisões internas”, frisa .
“Pessoas são uma verdadeira fonte de vantagem competitiva, e o capital humano
é um recurso fundamental para os projetos e operações futuras. A Vale trabalha
para integrar ainda mais o planejamento estratégico, visando antecipar a demanda
por mão de obra qualificada, assim como investindo em iniciativas para capacitar
técnicos especializados, engenheiros e profissionais de implantação de projetos”
continua.
“A Vale trabalha para minimizar os impactos do atual ciclo de commodities,
que podem afetar a execução dos projetos devido à escassez de empreiteiras com
homens-hora disponível, a pressões no preço dos serviços e equipamentos, e
prazos mais longos para entrega de equipamentos. As principais ações de
mitigação incluem inteligência no processo de suprimentos, fortalecimento das
relações de longo prazo com fornecedores, antecipação de compras e
diversificação da base de fornecedores. Até o momento, essas ações foram bem
sucedidas em lidar com as pressões, e prazos de entrega não impactaram a
execução do nosso pipeline de projetos.
No contexto da reorganização de nossa estrutura gerencial, foi criada uma
divisão liderada por um Diretor Executivo totalmente dedicado à implementação de
projetos. Estamos adotando uma abordagem mais disciplinada para o
desenvolvimento de projetos, usando a difundida metodologia FEL
(Front-End-Loanding), com portais claros de aprovação entre os estágios
anteriores à aprovação do Conselho de Administração.
Juntamente com o processo de desenvolvimento de projetos, estamos adotando
uma avaliação integrada de riscos, que antecipa potenciais problemas e permite
planos de mitigação. Esta análise de risco já foi aplicada na maioria dos
projetos em construção e em estudo de viabilidade. O rigor metodológico promove
uma maior qualidade das estimativas, transparência e previsibilidade no
desenvolvimento de projetos, assim como assegura a conformidade com as
regulamentações ambientais e requerimentos de saúde e segurança, e minimiza os
impactos sobre as comunidades. Apesar de nossos esforços, a eliminação completa
de riscos não é possível. Como consequência, os orçamentos dos projetos e datas
de start-up estimadas podem ser revisadas no futuro”, conclui o comunicado.
FONTE:
PORTAL BRASIL FATOR
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