A presidenta Dilma Roussef, durante discurso, nesta quinta-feira (14/7) à
noite, por ocasião da posse da diretoria da Federação das Indústrias do Estado
do Rio Grande do Sul (Fiergs) e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul
(CIERGS) assegurou que “o Brasil pode, de fato, se transformar numa das maiores
economias do século 21″. Para isso, o governo federal vai tornar disponível
todos os mecanismos para que o setor produtivo se expanda.
“No comércio exterior”, disse a presidenta Dilma, “utilizaremos instrumentos
ousados. Com clara ênfase nos produtos manufaturados. Continuaremos investindo.”
Dilma Rousseff explicou também que é preciso atacar os problemas sociais e que
uma das missões do seu governo é erradicar a miséria e que, por este motivo,
lançou recentemente o plano Brasil sem miséria . A presidente assegurou também
que para que o país alcance este patamar de crescimento “se for capaz de
desenvolver sua indústria” e que ela possibilite gerar emprego da qualidade para
milhões de brasileiros.
No discurso, a presidenta contou que o país é parte do BRICS – Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul – pelo fato de ter dimensões continentais,
fato comum aos demais integrantes do bloco econômico, como também de possui
extensas reservas naturais. “Mas, as nossas similaridades acabam ai. O Brasil
não abandonou a sua população nesses últimos dez anos”, contou para em seguida
explicar que o governo vem transformando o perfil sócio-econômico do país ao
longo desta última década.
Ouça abaixo a íntegra do discurso da presidenta Dilma Rousseff.
A presidenta Dilma iniciou o discurso
mostrando-se muito à vontade por estar naquela cerimônia e por seus laços com o
Rio Grande do Sul, onde exerceu importantes cargos nos governos locais. Isso sem
dúvida, conforme assinalou, mostra reconhecimento que tem para com a população e
os dirigentes estaduais e empresariais. Ela teceu comentários sobre atuação do
empresário Paulo Tigre, que nesta noite foi sucedido pelo empresário Heitor José
Muller. Disse que quando recebeu o convite para a cerimônia de posse determinou
que seus auxiliares marcasse o compromisso na agenda para que pudesse homenagear
Paulo Tigre.
“Quando conheci o Paulo Tigre percebi que era um extraordinário dirigente. Capaz de estabelecer consenso. Diálogo firme com o governo federal. Suas propostas vão sempre no no cerne da questão. Daí porque quis vir aqui para homenageá-lo. Ele soube conciliar os interesses nacionais e regionais. Percebendo claramente que Rio Grande do Sul tinha uma imensa importância para o Brasil, assim como o Brasil tem para o Rio Grande do Sul. Ele Construiu pontes em prol do avanço… Estabeleceu diálogo.”
Agora, segundo a presidenta, a federação passa às mãos de Heitor Muller, e
deste modo permanecerá na firmeza “de um empresário que vimos aqui visivelmente
inovador, com propósitos claros e determinados”. Por tal motivo, como assinalou,
deixava claro o compromisso dela para com o Rio Grande do Sul. Para isso, a
presidenta Dilma propôs parceria com os empresários para que o estado possa
seguir no rumo do progresso.
Em seguida, a presidenta teceu comentários sobre a situação econômica
mundial, especialmente os Estados Unidos que deve apresentar crescimento abaixo
das expectativas e a crise que se instala em países da Europa. “Esse é o momento
de grande desequilíbrio na economia mundial. Desde o início do meu governo
estamos, de forma firme e decidida, mantendo a inflação sob controle. Com uma
política fiscal bastante austera”, afirmou.
Ela contou algumas medidas que estão sendo adotadas pelo governo, em
especial, o compromisso de resgatar cerca de 16,2 milhões de brasileiros que
vivem na extrema pobreza. Ela explicou que, por este motivo, lançou o Brasil sem
Miséria. Em seguida, comemorou o fato de nos últimos anos, segundo estudo da
Fundação Getúlio Vargas (FGV), 39,5 milhões de pessoas ascenderem à classe
média, o que significa incluir mais gente ao mercado consumidor.
A presidenta deixou também algumas diretrizes para o futuro. A primeira delas
diz respeito às bolsas de estudos para estudantes de universidades no exterior.
A meta do governo é formar 75 mil jovens com recursos públicos e pretende que a
iniciativa privada patrocine outras 25 mil bolsas de estudo. Disse também do
lançamento do Pronatec, que visa oferecer cursos profissionalizantes aos jovens
para que estejam qualificados para o mercado de trabalho.
Ainda no discurso, a presidenta confirmou que apresentará no próximo mês o
Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para que a indústria nacional possa
fazer frente à concorrência internacional e que, em meio a disputa pelos
mercados, possa inovar tecnologicamente. Segundo contou, o governo dará
importância à produção de equipamentos com conteúdo nacional, terá linhas de
crédito para fazer frente à demanda do mercado e que o governo vai intensificar
a política de compra governamental.
Porém, conforme explicou no discurso, todos os avanços conseguidos pelo setor
produtivo devem também mirar na população brasileira, ou seja, que possam
apostar “naquilo que temos de mais forte que são os 190 milhões de cidadãos”.
“Temos pela frente um caminho em que nós podemos trilhar sem sobressaltos. Mas,
não significa que seja fácil. O Brasil provou, nos últimos anos, que é capaz de
enfrentar estas turbulências e encontrar dentro de si a força para ir além”,
disse a presidenta
FONTE:
BLOG DO PLANALTO
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