Pimentel candidato do PT ao Senado em 2010
“Pelo menos 17 ministros devem deixar o governo em abril para disputar eleições e alguns darão lugar aos seus secretários-executivos, encarregados de impedir a descontinuidade e proibidos de inventar novos programas -duas exigências do presidente Lula para liberar seus auxiliares.
Além dos ministros candidatos, José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) sairá nas próximas semanas para assumir como ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
Das 18 vagas que abrirão entre agosto deste ano e abril de 2010, 12 serão preenchidas automaticamente. Lula avisou na última reunião ministerial, na semana passada, que não gostaria de levar ninguém novo para o governo porque não quer se comprometer com as ideias de quem estará chegando.
Alguns secretários estão nos ministérios há mais tempo que seus chefes: Luiz Paulo Barreto (Justiça); Carlos Eduardo Gabas (Previdência); Márcio Zimermann (Minas e Energia); Fernando Lopes de Oliveira (Comunicações); e Paulo Sérgio Passos (Transportes).
Barreto foi para a Justiça com Márcio Thomaz Bastos. Gabas ajudou a fazer o programa de governo da reeleição de Lula na área previdenciária. Zimermann foi para Minas e Energia com Dilma Rousseff e já foi titular da pasta quando Silas Rondeau deixou o cargo. Passos era substituto do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e foi titular em 2006 quando Alfredo Nascimento deixou o cargo para concorrer a prefeito de Manaus.
Mas em seis ministérios há problemas e Lula terá de colocar gente nova ou fazer remanejamentos. Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) ficou sem secretário-executivo depois que Luiz Antônio Eira pediu demissão por conflito com Dilma. A substituta de Patrus Ananias no Ministério de Desenvolvimento Social, Arlete Sampaio, deve disputar eleição. Mas os dois cargos que mais tiram o sono de Lula são Relações Institucionais e Casa Civil.
Dilma
No caso de Dilma, interlocutores do presidente afirmam que ele deve optar por um nome de mais peso que sua substituta natural, Erenice Guerra. A Folha apurou que Lula tenta convencer o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a não se candidatar para assumir a Casa Civil. Ele conhece o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tão bem como Dilma e pode evitar que as obras parem num ano eleitoral.
O presidente está interessado em estimular candidaturas de seus principais auxiliares por dois motivos: 1) Ele sabe que Dilma não tem experiência política e vai precisar, caso eleita, da ajuda do Congresso; 2) Quer sair do poder garantindo o recorde de eleger pela primeira vez as maiores bancadas na Câmara e Senado do PT.
Para isso, Lula ainda tenta convencer ministros petistas não muito afeitos a campanhas a disputarem vagas no Congresso, caso de Fernando Haddad (Educação). Cotado para concorrer ao governo de São Paulo, Haddad viu sua candidatura esfriar com a possibilidade de o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ter o apoio do PT.
O ministro José Pimentel (Previdência) concorreria a novo mandato de deputado, mas já foi convencido pelo presidente a disputar o Senado. Alguns ministros ainda têm dúvidas se continuarão no governo até o fim e dizem depender de pedido de Lula, caso de Altemir Gregolin (Pesca).
Dos 17 ministros que devem concorrer, oito são do PT: Dilma (Presidência), Tarso Genro (governo gaúcho), Pimentel (Senado), Gregolin, Haddad e Edson Santos (Câmara dos Deputados), Patrus (Senado ou governo mineiro) e Carlos Minc (Assembleia Legislativa). Do PMDB, concorrerão quatro ministros: Geddel (governo baiano), Reinold Stephanes (Câmara dos Deputados), Hélio Costa (Senado ou governo mineiro) e Edison Lobão, que deve trocar a candidatura ao Senado pelo governo do Maranhão a pedido de José Sarney.O ministro dos Esportes, Orlando Silva (PC do B), deve concorrer a deputado federal pela Bahia. Carlos Lupi (PDT), do Trabalho, pensa em disputar algum cargo no Rio. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR) concorrerá ao governo do Amazonas. Pedro Brito (PSB), dos Portos, é candidato a deputado federal pelo Ceará. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deve se filiar ao PP para disputar o Senado ou o governo de Goiás.”
(Folha Online)
FONTE: BLOG DO ELIOMAR
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