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sexta-feira, 24 de julho de 2009

APENAS UMA DELEGACIA ABERTA

Policiais civis iniciam a greve. No próximo fim de semana, funcionará em Fortaleza apenas um dos sete Pólos Plantonistas

Começo da greve: no início da manhã, os policiais fizeram uma manifestação na sede da instituição (Foto: ADRIANA PIMENTEL)


FORTALEZA - Apenas uma delegacia distrital de Fortaleza funcionará nos plantões noturnos - nos dias úteis - e no decorrer dos fins de semana, enquanto durar a greve dos policiais civis, deflagrada na manhã de ontem. A decisão foi tomada pela direção do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci), que elaborou e divulgou, na noite passada, uma ´escala de greve.
Assim, somente um dos sete Pólos Plantonistas de Fortaleza estará de portas abertas atender a toda a população da Capital cearense.. Também na Região Metropolitana estará funcionará uma só delegacia.
Para aliviar os transtornos que, certamente, atingirão a população, a diretoria do Sinpoci informou que estarão funcionando para atendimentos específicos as delegacias de Defesa da Mulher (DDM), de Fortaleza; e a da Criança e do Adolescente (DCA).
As duas delegacias Especializadas, porém, só deverão registrar os casos de suas respectivas competências, isto é, agressões contra mulheres (DDM), a flagrantes envolvendo crianças e adolescentes como infratores. Já durante o expediente nos dias úteis - das 8 às 18 horas - 30 por cento das delegacias estarão abertas. Assim, conforme a ´escala de greve´, estarão abertas durante o dia de hoje, 17 delegacias, entre elas, a de Proteção ao Turista (Deprotur), de Capturas e Polinter (Decap), e de Combate aos Crimes de Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa).
Uma manifestação com faixas e muito barulho marcou o início da greve dos policiais, ontem pela manhã. Os grevistas se reuniram desde cedo na Praça dos Voluntários, em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Civil, esmo enfrentando a chuva.
“Estaremos com 30 por cento do nosso efetivo trabalhando. A greve está mais do que decidida. Ontem (quarta-feira) fomos chamados pelo secretário-chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho, para um encontro e recebemos dele com a proposta de uma audiência com governador no próximo dia 10 de agosto, caso suspendêssemos o movimento. Mas se o governador recebeu os professores em greve porque não nos recebe?”, questionou Gustavo Simplício, ex-diretor do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci) e um dos manifestantes.
As principais reivindicações dos policiais civis diz respeito ao salário e ao aumento do efetivo. Atualmente o vencimento inicial da categoria é R$ 1.804,00. “Queremos o equivalente a 60 por cento do que ganha um delegado”, disse Gustavo, se referindo a um aumento esperado para R$ 4.020,00.
Além disso, os policiais esperam que os 470 escrivães que já estão prontos para assumirem suas funções desde janeiro deste ano sejam chamados pelo Governo. “Há também o problema de 52 inspetores do concurso de 2002, nomeados no ano passado e que ainda não foram empossados. Só pode ser feito um novo concurso para inspetor, o que é extremamente necessário, quando se chamar estes 52”, disse Gustavo.
Efetivo
Segundo ele, o efetivo atual da categoria é de 1.700 policiais em exercício, no Ceará. “Se dobrarmos este efetivo a situação melhora um pouco, mas ainda não é a ideal”. Como parâmetro para comparação, o policial citou o Estado de Pernambuco. “Lá são seis mil policiais civis”, destacou.
Na noite passada, o Diário do Nordeste tentou um contato com o superintendente da Polícia Civil, delegado Luiz Carlos Dantas, mas as ligações não foram atendidas. Os grevistas, prometeram fazer uma panfletagem na Cidade Fortal.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

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