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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SENADOR COLLOR DE MELLO (PTB-AL) GANHA AÇÃO DE R$ 100 MIL DE CIRO GOMES ( PSB)

Em entrevista de 1999, ex-ministro e ex-deputado disse que ex-presidente é "cheirador de cocaína", "playboy" e "safado"


O senador Fernando Collor (PTB-AL) - Foto: AE


A Justiça de São Paulo condenou o ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB) a pagar indenização de R$ 100 mil ao senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) por ter chamado o político alagoano, em entrevista concedida há 12 anos, de “cheirador de cocaína”. Ciro recorreu da sentença.

A decisão partiu do juiz Marcos Roberto de Souza Bernicchi, da 5ª Vara Cível Central de São Paulo. Para o magistrado Ciro maculou a honra de Collor ao usar se referir ao ex-presidente como “cheirador de cocaína”, “playboy” e “safado”.

A entrevista em questão foi dada por Ciro em 1999. O assunto era eleição presidencial. Ainda no PPS, Ciro atribuiu a derrota do então candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva para Collor em 1989 ao fato do ex-presidente petista ter optado por uma campanha de alto nível.

Na época, Ciro afirmou que “isso só interessa aos picaretas". Para o ex-deputado federal, se Lula chamasse Collor de “playboy” e “cheirador de cocaína” no debate televiso, teria saído vitorioso.
Foto: Agência Assembleia Legislativa/Maximo Moura
O ex-ministro e ex-deputado Ciro Gomes (PSB-CE)
Em sua decisão o juiz afirmou que Collor “teve exposta sua honra em razão de declaração do réu que lhe imputou a pecha de cheirador de cocaína e safado". "Não existe qualquer dúvida de que tais expressões tenham sido proferidas com intenção clara de ofender o autor, mesmo porque escapam plenamente a qualquer campo do debate político e ingressam em seara pessoal que jamais deve ser exposta", completou o magistrado.

A defesa alegou no processo que as declarações de Ciro ocorreram em uma disputa política e que, no máximo, aborrecem Collor. A ação civil data de 1999. Esta já é a terceira sentença proferida pela primeira instância -  as duas anteriores foram anuladas. Os advogados de Ciro tem recorrido das decisões.

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