O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) encerrou a
negociação da compra de 162,4 milhões de livros que serão distribuídas às
escolas da rede pública no ano que vem. O custo total da aquisição foi R$ 1,1
bilhão – a maior compra de livros já feita pelo órgão, que é uma autarquia do
Ministério da Educação (MEC). As redes de ensino começam a receber as
obras em outubro. A entrega vai até fevereiro de 2012.
Para o próximo ano, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) adquiriu
livros para todas as disciplinas do ensino médio, além de 70 milhões de
exemplares de reposição para o ensino fundamental. É o primeiro ano em que os
alunos do ensino médio vão receber livros de espanhol, inglês, filosofia e
sociologia. Cada obra deve ser usada durante três anos consecutivos. Ao todo,
foram adquiridos 2.108 títulos diferentes.
Vinte e quatro editoras tiveram obras selecionadas. O material é apresentado
a comissões de especialistas das universidades federais que selecionam as obras
a partir de critérios estabelecidos pelo programa, como, por exemplo, a
coerência com o currículo escolar. Em seguida, as escolas recebem um guia do
livro didático com os títulos disponíveis e escolhem as obras que querem
receber. A partir desse levantamento é que os títulos são adquiridos.
O valor de cada exemplar adquirido para 2012 variou entre R$ 5,45 e R$ 28,94.
O preço varia de acordo com o número de páginas da obra e a quantidade de
exemplares encomendados. A Editora Ática será a maior fornecedora do PNLD 2012,
com 33 mil exemplares, ao custo de R$ 194 milhões. Em seguida, aparecem as
editoras Saraiva, que receberá R$ 205 milhões por 30,8 mil exemplares, e
Moderna, com 30,6 mil publicações ao custo de R$ 220 milhões. As menores
fornecedoras são as editoras Fapi e Aymará, com 5 mil e 1,4 mil exemplares,
respectivamente.
- Mesmo no caso do livro com preço mais alto, ainda é menor do que aquele que
o consumidor compra na livraria. É o ganho de escala que o FNDE tem. Além de ser
uma compra direta com a logística otimizada, o livro chega à escola sem nenhum
intermediário. Não há custo com vendedor ou outros custos que estão envolvidos
no mercado livreiro quando a obra vai para o consumidor comum, diz Rafael
Torino, diretor de Ações Educacionais do FNDE.
Para receber as obras, é necessária a adesão das escolas ao Programa Nacional
do Livro Didático até 2009, a entrega dos livros era feita a todas as redes de
ensino, ainda que não houvesse solicitação formal. Atualmente, todos os estados
e 97% dos municípios estão inscritos no programa.
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