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quinta-feira, 18 de junho de 2009

CCJ APROVA ADMISSIBILIDADE DE SERVIÇO MILITAR FACULTATIVO

A PEC aprovada na comissão deixa o serviço militar facultativo para homens e mulheres entre 17 e 45 anos.

Para Efraim Filho, é inconstitucional manter o serviço militar obrigatório apenas para homens(foto: Edson Santos).

Por mais de uma hora, a Comissão de Constituição e Justiça discutiu hoje a Proposta de Emenda à Constituição 162/07, que torna facultativa aos homens a prestação do serviço militar, como acontece com as mulheres. A proposta é do deputado Silvinho Peccioli (DEM-SP). Pela PEC, aprovada na comissão depois de muita polêmica, o serviço militar seria facultativo para homens e mulheres entre 17 e 45 anos. Pelo Regimento Interno da Câmara, a CCJ deve decidir apenas se aceita a tramitação da PEC. O mérito do texto deve ser discutido em comissão especial e, mais tarde, no plenário. Mas não foi o que aconteceu nesta quarta-feira. As discussões sobre a admissibilidade se confundiram com o mérito da proposta. O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) acha que a soberania do Brasil estaria em perigo com o serviço militar facultativo. "Um dos artigos fundantes da República Federativa do Brasil é a sua soberania. Quando você fala em soberania, você necessariamente está falando em instrumentos que lhe garantam a soberania. Se amanhã ninguém quiser servir, nós extinguiremos o Brasil."Relator da matéria, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) acredita que inconstitucional é manter o serviço militar obrigatório somente para os homens, já que a Constituição Federal prevê a não-discriminação por sexo. "É um tema polêmico, conflitante, que acaba ultrapassando as fronteiras da mera legalidade para também se discutir a cidadania e o mérito da matéria, já que o serviço militar é um patrimônio do País."Efraim Filho afirma, ainda, que as Forças Armadas não sofrerão se a proposta for aprovada pelo Congresso Nacional. O deputado acredita que não vai faltar quem se aliste, e que as Forças Armadas vão ganhar pessoas mais qualificadas. A matéria deverá ser analisada agora por comissão especial e, depois, pelo plenário.


FONTE: AGÊNCIA CÂMARA

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