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domingo, 21 de junho de 2009

ÁGUA DE COCO COM GÁS É NOVIDADE CRIADA POR PESQUISADORA DA UNICAMP

Produto foi provado por 1.200 pessoas em Campinas. Conservação ainda é entrave para produto chegar ao mercado.

Água de coco com gás foi desenvolvida em laboratório da Unicamp (Foto: Divulgação)

O inverno mal começou e pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) se debruçam sobre uma bebida que é a cara do verão: a água de coco, só que com gás. Nesse caso, não é a água de caixinha, que passa por processos químicos e tem o sabor alterado, é a água in natura, com suas características originais.
Até chegar a uma fórmula que preservasse as características da água da fruta, a engenheira de alimentos Marina Costa da Silva levou três anos. Foram dez formulações diferentes até chegar a uma que fosse aprovada pelas “vítimas”, nesse caso, as 1.200 pessoas que participaram do teste sensorial.
Gás carbônico
O gás carbônico, ou dióxido de carbono (CO²), é o principal ingrediente da água de coco carbonatada, forma como o produto foi batizado pelos pesquisadores. “A carbonatação é um processo em que o gás CO² é incorporado no líquido. Em termos sensoriais, é ele que dá vida à bebida”, esclarece Marina. “É como tomar um refrigerante com gás e um sem gás”, compara. Além do CO², a substância recebe ainda ácido ascórbico – vitamina C – e sacarose, popularmente conhecida como açúcar da fruta.
Conservação
Água de coco com gás deu certo, mas ainda há um desafio: prolongar o tempo de conservação do produto. “A partir do momento em que se abre o coco, a água entra em contato com o ar e começam a ocorrer reações em que há perdas nutricionais e de sabor. Na geladeira, a água tem validade de apenas dois ou três dias”, diz. A pesquisadora conta que o objetivo principal é manter as características da água de coco ao acrescentar todos os ingredientes. Segundo ela, a idéia é não submeter o líquido a altas temperaturas, como acontece com o leite e com o suco de caixinha e que serve para aumentar a validade do produto em temperatura ambiente e dentro da caixa.
A embalagem ideal, adianta ela, seriam as garrafas de plástico. As caixinhas seriam inviáveis porque, segundo Marina, explodiriam com o gás. “Nosso objetivo também é baratear o produto, pois a caixa é mais cara”, complementa a pesquisadora. Como ainda está em fase de pesquisa, a água de coco com gás agora é objeto de estudo de outra pesquisadora, que busca aumentar o tempo de conservação do produto, inclusive em temperatura ambiente. Nesse caso, inevitavelmente, entram os conservantes.
Comercialização
Depois que o prazo de conservação ideal for “criado” em laboratório, a água de coco com gás dá um grande passo para chegar às prateleiras dos supermercados. Para isso, o consumidor ávido por novidades terá de esperar aproximadamente um ano ou até um ano meio, calcula a engenheira de alimentos.

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