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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Confaz pede alíquota zero no PASEP incidido nas transferências da União para Estados e municípios; Mauro Filho reitera solicitação aos deputados

Brasília
O secretário da Fazenda do Ceará quer, ainda, que parte das receitas provenientes das contribuições federais faça parte do FPE; Danilo Forte ressaltou a crítica feita por Mauro Filho que reclamou também dos atrasos nos repasses federais

O coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), José Barroso Neto, pediu nesta terça-feira, 05, aos deputados que integram a Comissão Especial da Câmara que analisa a revisão do Pacto Federativo, alíquota zero nas transferências que a União faz para Estados e municípios e que sofrem incidência do PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).
Também presente na audiência que a Comissão do Pacto Federativo realizou nesta terça-feira, 05, o secretário de Fazenda do Ceará, Mauro Filho, reiterou a solicitação feita por Barroso Neto que é ainda secretário de Fazenda do Pará. “Não faz sentido Estados pagarem PASEP pelas transações que recebem os repasses federais”, disse Mauro Filho.

Mudança no FPE
Na oportunidade, o secretário cearense pediu, ainda, que parte das receitas provenientes das contribuições federais cobradas como encargos faça parte da base de cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Atualmente, compõem as receitas do FPE apenas o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) e Jurídicas (IRPJ).

Atraso nos repasses
No final, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) que preside a Comissão Especial ressaltou as reclamações feitas pelo conterrâneo Mauro Filho e pelo coordenador do Confaz que criticaram os atrasos sucessivos da União nos repasses federais.
Outra sugestão apresentada pelos secretários de Fazenda foi no sentido do Congresso Nacional compensar as perdas com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que os Estados têm com as desonerações feitas governo federal para ampliar as exportações.

Saúde
Já o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), Fernando Monti, falou da necessidade de redefinir o atual cenário onde o ente federado mais rico (União) é o que menos aplica recursos. “Precisamos de uma definição clara do papel de cada ente na execução das políticas públicas”, disse Monti.
Segundo ele, os recursos aplicados pelos três entes federados, em 2014, foram o seguinte: Municípios com 77% (R$ 22,5 bilhões), Estados co 22% (R$ 6,27 bilhões) e União com apenas 1% (R$ 284,3 milhões) investidos “acima do mínimo” da exigência na Lei.

Fórmula
Ao concordar com a afirmação do presidente do CONASEMS de que a União é a que mais arrecada e a que menos gasta com saúde, por exemplo, Danilo Forte comentou que o objetivo da Comissão Especial é encontrar uma formula que defina as obrigações de cada ente federado.
“Então é importante que nós encontremos esta equação do que é obrigação, o papel de cada ente (federado): Estado, município e o governo federal. E a quem caberá, a cada um desses, o financiamento daquela ação sobre sua responsabilidade”, falou.

Governadores
Ao término da audiência, os deputados da Comissão Especial aprovaram ainda os requerimentos apresentados pelo peemedebista cearense que convidam os governadores do Ceará, Camilo Santana; do Pará, Simão Jatene; do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori; e de São Paulo, Geraldo Alckmin a debater a revisão do Pacto Federativo com os parlamentares.

O encontro com os governadores deverá acontecer no próximo dia 26, em Brasília. Nesta data, estarão presentes também os prefeitos de Aracaju (SE), João Alves; e provavelmente Eduardo Paes, do Rio de Janeiro (RJ), que também teve requerimento de autoria de Danilo Fortye aprovado nesta terça-feira, 05.

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