Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1327/11, do deputado Wellington Fagundes
(PR-MT), que cria nova classificação para municípios rurais e urbanos. De acordo
com a proposta, a definição será feita por critérios populacionais, de densidade
demográfica e de composição do produto interno bruto (PIB). A proposta altera o
Estatuto das Cidades (Lei 10.257/01) e o Decreto-Lei 311/38, que dispõe sobre a
divisão territorial do país.
De acordo com o texto, os municípios passarão a ser classificados como:
–
rural, quando a população for inferior a 50 mil habitantes, a atividade
agropecuária representar mais de 1/3 do PIB municipal e a densidade demográfica
for inferior a 80 habitantes por km²;
– relativamente rural, quando a
população for inferior a 50 mil habitantes, atividade agropecuária representar
entre 1/3 e 15/100 do PIB municipal e a densidade demográfica for inferior a 80
habitantes por km²;
– de pequeno porte, quando a população for inferior a 50
mil habitantes, a atividade agropecuária representar menos de 15/100 do PIB
municipal e a densidade demográfica for superior a 80 habitantes por km²;
–
de médio porte, quando a população for de 50 mil a 100 mil habitantes ou a
densidade demográfica for superior a 80 habitantes por km² e população entre 20
mil e 50 mil habitantes;
– de grande porte, quando a população for superior a
100 mil habitantes.
Áreas rurais
Pela proposta, o território e a população
dos municípios rurais ou relativamente rurais serão considerados rurais para
fins estatísticos e de definição de políticas públicas. O Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) deverá obedecer à classificação e atualizar
seus dados a partir desses parâmetros.
A divisão entre espaço urbano e rural estabelecida pelo Decreto-Lei 311/38 é
feita pelo número mínimo de moradias tanto para sede de distrito como para sede
de município e não existe referência a outro critério quantitativo ou
qualitativo. Segundo Fagundes, parâmetros como número mínimo de habitantes,
densidade demográfica mínima, proximidade e vinculação econômica a centros
urbanos de maior porte não são mencionados.
“O objetivo da proposta é eliminar a distorção da ideia que temos do grau de
urbanização do nosso País”, afirmou o parlamentar. Para ele, a nova
classificação permitirá um melhor entendimento das reais necessidades de cada
localidade. “Com esta compreensão, políticas públicas voltadas para a solução
dos problemas urbanos e rurais poderão ser elaboradas com maior precisão,
melhorando a eficiência na aplicação dos recursos públicos.”
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Westphalem
Edição – Marcelo Westphalem
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