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sábado, 18 de abril de 2015

Trabalhadores rurais bloqueiam rodovias e ocupam prefeitura

Ibaretama
Aproximadamente 200 famílias de trabalhadores rurais, sem teto, ocuparam a prefeitura de Ibaretama na manhã desta sexta-feira, 17. Segundo representantes do movimento a ocupação ocorreu em razão da administração municipal não fornecer um ônibus para parte deles seguirem a Quixeramobim, onde também estava sendo realizada outra manifestação do Movimento Sem Terra (MST). Antes, o grupo de Ibaretama havia bloqueado a CE-359, na entrada da cidade, distante 130 Km de Fortaleza. Além do ônibus, eles reivindicam a construção de 200 moradias, através do programa Minha Casa Minha Vida.
A prefeita de Ibaretama, Elíria Queiroz, não se encontrava na cidade. A reportagem do Diário do Nordeste tentou manter contato telefônico com a administração municipal, mas as ligações não foram atendidas. Os manifestantes não informaram quanto tempo pretendiam permanecer no prédio público onde está situado o gabinete da prefeita.
Conforme um dos participantes da manifestação, o qual pediu para não ter seu nome revelado com receio de represálias, além das moradias, eles querem aceleração no processo de assentamento de parte das famílias. A última manifestação do grupo havia ocorrido no início de maio do ano passado. Na época da manifestação anterior, iniciada no Dia do Trabalhador, eles reivindicavam ainda o fornecimento de cestas básicas de alimentos e a desapropriação de propriedades rurais as quais consideram improdutivas na região.
Em Quixeramobim, outra rodovia estadual, a CE-060, também foi bloqueada, por outro grupo de manifestantes. Segundo o coordenador da manifestação naquela cidade, Marcelo Matos, os trabalhadores exigem o imediato funcionamento do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC) e a construção da adutora do açude Pedras Brancas, nos limites de Quixadá com Banabuiú, até a sede do Município. Ele também reclama na lentidão dos governos Estadual e Federal no atendimento das demandas solicitadas.

Eles também cobram a construção das casas do Assentamento Irmã Tereza, no Município. Os militantes do MST querem o início das obras no mês de maio. Caso não sejam atendidos novos protestos continuarão. Ontem, a “jornada de luta”, como o movimento foi denominado, marcou o aniversário do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, ocorrido em 1996.

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