QUIXADÁ/AC - Engenheiros e técnicos da Seap (Diana Braga, Silveira Neto e Aurélio Parizi), por meio da Divisão de Recuperação de Áreas Alteradas, estão desde o ano passado trabalhando numa alternativa de adubação para ajudar a desenvolver o setor agrícola do Estado. Trata-se do Projeto Adubação Verde. Uma experiência de Unidade Demonstrativa está sendo conduzida numa área de dois hectares, no km 10 do Quixadá, de propriedade do produtor José Paulista, utilizando feijão-de-porco, mucuna-preta, crotalária-juncea e guandu-anão, leguminosas estas que favorecem a recuperação natural e eficiente do solo.
O projeto é ousado e parte do pressuposto de que as áreas degradadas podem, sim, ser reaproveitadas para a agricultura no meio rural de Rio Branco. Uma das responsáveis pelo projeto, a engenheira agrônoma Diana Braga, afirma que o objetivo estratégico, além de fomentar um novo modo de exploração da terra, visa formar um banco de dados de sementes de espécie de leguminosas que resultará na multiplicação de sementes e assim criar condições para novas unidades de Adubação Verde, em cadeia.
A engenheira afirma que a proposta da Divisão da Seap visa consolidar a inclusão sócio-produtiva em áreas desmatadas através de práticas mais sustentáveis, a exemplo da adubação verde e conseqüente utilização da área com consórcios, sucessão e rotação de culturas.
-Dessa forma, propomos a implantação de um plano de ação com recuperação de áreas alteradas com uso de adubação verde, no sentido de garantir a segurança alimentar e fortalecimento do abastecimento do mercado – acrescenta a engenheira agrônoma.
Um dos maiores desafios da Seap, no entanto, no âmbito desse plano, é sensibilizar os produtores e proprietários de terra em relação aos benefícios e vantagens na prática do uso da adubação verde.
-É. Com certeza esse é o maior desafio do nosso projeto – admite Diana Braga.
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