Levantamento da Leite Brasil sobre o consumo de lácteos no Brasil nos últimos sete anos demonstrou um crescimento de 23% no consumo per capita. Somente em 2011, queijos e requeijões puxaram um avanço de 16%. A demanda por outros derivados, como iogurtes, bebidas lácteas e leite condensado, mais que duplicou em sete anos. Em 2011, subiu 53%.
Tradicional consumidor de leite fluido, o brasileiro ensaia mudança nos hábitos alimentares. O resultado de uma renda mais alta é maior compra de produtos com valor agregado e sofisticação do paladar. O maior interesse por produtos diferenciados explica, em parte, o aumento das importações. Em 2011, o Brasil importou o equivalente a US$ 205 milhões (R$ 354 milhões) somente em queijos, um aumento de 58% ante 2010, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.
“O Brasil ainda está muito aquém das suas necessidades para atender o seu consumo”, afirma Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil. Concorrência desleal, baseada em subsídios concedidos em outros países, estão entre as razões para o aumento das importações.
É PRECISO CONSUMIR AINDA MAIS
Apesar do avanço recente, o consumo de lácteos no Brasil -de 166 litros de leite equivalente por pessoa em 2011, segundo a Leite Brasil- ainda está abaixo do nível mínimo indicado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) -de 200 litros por ano.
O alto índice de informalidade no setor, em torno de 30%, segundo Rubez, tem influência negativa sobre os dados per capita, apesar da queda no consumo de leite informal nos últimos anos.
Mas, mesmo juntando as vendas formais e informais, o consumo nacional não é alto. Enquanto o brasileiro ingeriu 166 litros em 2011, o consumo nos países desenvolvidos foi de 235 litros.
* Matéria adaptada do jornal Folha de São Paulo
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