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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

HEPATITE C MATA MAIS QUE AIDS NOS ESTADOS UNIDOS, APONTA ESTUDO



Diferentes veículos de comunicação destacaram nesta quarta-feira, dia 22, uma pesquisa publicada no periódico médicoAnnals of Internal Medicin indicando que, enquanto os índices de morte por aids diminuíram entre 1990 e 2007, a hepatite C tem feito o caminho inverso nos EUA. Em 2007, de acordo com o estudo, mais de 15.000 pessoas morreram em função da hepatite, número quase 12% maior que as mortes por aids. 

O levantamento, realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde, estima que a maioria dos 3,2 milhões de americanos que têm hepatite C sejam adultos – três quartos deles têm entre 45 e 64 anos. Outro dado assusta: a maioria desses infectados não sabe que tem o vírus. Assim, eles podem facilmente transmitir a doença pelo sangue ou, ocasionalmente, pelo ato sexual.

De acordo com outra pesquisa publicada no mesmo periódico, pessoas infectadas com hepatite C só procuram tratamento depois que a doença começou a causar sérios danos ao organismo. “O vírus da hepatite C é frequentemente assintomático ou causa sintomas não específicos, como depressão e fadiga, por décadas”, declarou Kathleen Ly, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, sigla em inglês) e autora do segundo estudo.

Brasil

Dados do Ministério da Saúde apontam que quase 70.000 novos casos de hepatite C foram diagnosticados no País entre 1999 e 2010. O número é muito inferior aos mais de 400.000 casos de aids registrados no mesmo período. Especialistas alertam, no entanto, que o número inferior se deve à subnotificação da doença. “Mais de 90% dos infectados estão perdendo a vida, progredindo para casos de cirrose ou câncer, e não sabem”, disse Carlos Varaldo, presidente do Grupo Otimismo de Apoio a Portadores de Hepatite.



Redação da Agência de Notícias da Aids com informações do site Veja.com 

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