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quarta-feira, 17 de junho de 2015

PACTO FEDERATIVO > Ex-secretário da Receita sugere leis complementares para disciplinar as relações da federação

Brasília
A repactuação das relações entre União, Estado e municípios que é o objeto da Comissão Especial da Câmara que analisa a revisão do Pacto Federativo tem que se iniciar pelas despesas. Pelo menos é essa a opinião do ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Ele sugeriu, ainda, leis complementares para disciplinar as relações dos entes federados.
“Eu creio que uma boa saída seria a elaboração de leis complementares de funções públicas, para não se tratar de todo o universo. (Pelo menos) minimamente com relação a educação e saúde. Quer dizer: seria um avanço extraordinário sem precisar de nenhuma emenda constitucional que já tem amparo no artigo 23, parágrafo único, da Constituição Federal”, falou Everardo Maciel.

A opinião do ex-secretário da Receita Federal durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi compartilhada pelo presidente do colegiado, deputado Danilo Forte (PMDB-CE). “O professor Everardo Maciel (compareceu a Comissão) com todo o seu conhecimento no sentido de que a gente possa aproveitar o espírito desta Comissão”, disse o peemedebista.

“O trabalho que já vem sendo desenvolvido pela Comissão do Pacto Federativo, (tem o objetivo) para avançarmos – inclusive – na revisão do Código Tributário Nacional que é um universo de uma complexidade muito grande, além do volume extraordinário de legislação que poderiam ser condensadas para melhorar, facilitar, tanto do ponto de vista arrecadatório para os entes federados, como do ponto de vista do contribuinte”, complementou o parlamentar.

Estado indutor
Danilo Forte destacou também a presença do presidente da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria da América do Sul, Darc Luz da Costa, que sugeriu o uso dos títulos da dívida pública para financiar o investimento em infraestrutura como forma de superar a escassez de recursos dos entes federados.

“A presença do professor Darc foi muito lúcida no sentido de que é necessário o papel indutor do Estado no sentido de alavancar a economia na construção das nossas obras de infraestruturas numa alternativa, num desenho econômico que se viabiliza através de debêntures e estas debêntures sendo garantidas por estas obras de infraestruturas para lastrear estes investimentos”, comentou.

Parecer prévio
Após a audiência pública em que foram ouvidos Everardo Maciel e Darc Luz da Costa, o presidente da Comissão Danilo Forte agendou para a próxima terça-feira, 23, a apresentação do relatório preliminar do deputado André Moura (PSC-SE) com os 11 primeiros pontos que serão adotados pelo colegiado para se iniciar a revisão do Pacto Federativo.

“Há um acumulo crescente de preocupações. Há um desejo da Comissão em formatar uma equação em que a gente possa ter uma segurança maior com relação às obrigações e aos custos destas obrigações em que o Estado brasileiro como instituição possa dividir entre os seus entes – governo federal, governos estaduais e governo municipais – as obrigações que tem para com a população na prestação de um bom serviço”, completou o parlamentar cearense.

Novas audiências

Em datas ainda a serem agendados pela Comissão do Pacto Federativo, os deputados que integram o colegiado aprovaram a realização de mais duas audiências públicas. Uma com o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega. Outra com o governador Paulo Hartung do Espírito Santo.

PINTONEWS no whatsapp 88 9686 6694

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