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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SECRETÁRIO DO AMBIENTE DO RIO VÊ 'TRAGÉDIA' EM TERESOPÓLIS

Teresópolis já contabiliza mais de 80 mortos devido às chuvas

A cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, vive uma “tragédia” devido às chuvas que começaram na tarde de terça-feira, diz o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que visitou a cidade nesta quarta-feira.
“A situação é muito delicada, uma tragédia. Muita gente morreu dormindo”, disse Minc por telefone à BBC Brasil, de Petrópolis, para onde seguiu após visitar Teresópolis.
Ele diz acreditar que o número de mortos pelas chuvas em Teresópolis deve passar de cem.
A Prefeitura de Teresópolis disse, citando números da Defesa Civil municipal, que já foram contabilizadas 89 mortes na cidade - número muito superior ao da Defesa Civil estadual, que em seu boletim mais recente (14h30, horário de Brasília), citava 11 mortes.
Segundo Minc, há cerca de mil desabrigados em Teresópolis, e o socorro começa a chegar às áreas de risco, “com alguma dificuldade”. “Mas já identificamos 1,5 mil áreas que podem receber (os desabrigados)”, afirmou Minc.
Ele criticou “a irresponsabilidade de prefeitos anteriores”, que, a seu ver “estimularam a ocupação irregular de encostas” que desabaram com as chuvas.
Marinha
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu nesta quarta-feira ajuda à Marinha para levar mais bombeiros e equipamentos às regiões afetadas pelas chuvas.
Os municípios mais atingidos estão na região serrana do Estado. Segundo balanço parcial da Defesa Civil estadual divulgado às 14h30 (hora de Brasília), há pelo menos 27 mortos em decorrência das enchentes.
Além das vítimas em Teresópolis, foram contabilizadas seis mortes em Petrópolis (balanço menor que o da prefeitura da cidade, que identificou 18 mortos), três em Itaipava e sete em Nova Friburgo.
Nesta última, entre os mortos pela tragédia estão três bombeiros, e há um bombeiro soterrado que, até o momento, não foi localizado.
São Paulo
Em São Paulo, as inundações e os deslizamentos haviam deixado pelo menos 13 mortos nos últimos dois dias.
Os óbitos ocorreram na capital, em Mauá, em Embu e em São José dos Campos.
Municípios paulistas como Guarulhos, Guararema, Franco da Rocha e Osasco também sofreram alagamentos, mas os balanços mais recentes da Defesa Civil estadual dizem que não houve até o momento vítimas fatais.
O Palácio do Planalto informou que a presidente Dilma Rousseff ligou para Cabral e para o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para “colocar à disposição as estruturas do Ministério do Interior, da Defesa Civil federal e do Ministério da Saúde no atendimento às vítimas”.

Paula Adamo Idoeta
Da BBC Brasil em São Paulo


FONTE: 
BCC BRASIL

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