Multas da UE contra gigante norte-americana somam 2 bilhões de dólares em cinco anos. Para evitar acusações de concorrência desleal, Microsoft decide separar sistema operacional de browser.
A empresa norte-americana de software Microsoft anunciou nesta quinta-feira (11/06) que venderá na Europa a mais recente versão de seu sistema operacional, o Windows, sem o navegador de internet. A notícia representa uma virada estratégica na disputa, que já dura anos, entre a empresa e as autoridades anticartel da União Europeia (UE).
O maior grupo de informática do mundo é acusado de – através da integração do navegador Internet Explorer (IE) no sistema operacional, praticada até agora – abusar de seu poder no mercado. A Comissão Europeia lhe oferecera a opção de deixar aberta aos usuários a escolha do browser.
Até então, a Microsoft argumentava que o IE seria um componente essencial do sistema, não podendo ser dissociado dele. No entanto, para o Windows 7, cujo lançamento foi antecipado para 22 de outubro de 2009, a firma pretende agora oferecer, aos usuários e fabricantes de computadores da UE, o navegador separadamente.
Queixas da concorrência
A Comissão Europeia criticou a decisão do grupo estadunidense, que haveria optado por oferecer menos alternativas ao usuário, ao invés de mais. No entanto, a UE vê a possibilidade de um efeito positivo junto aos fabricantes de PCs, os quais aparentemente poderiam escolher que browser instalar previamente, se o Internet Explorer ou outros.
No entanto, as autoridades anticartel da UE ainda poderiam forçar a Microsoft à integração de múltiplos browsers no Windows 7, o que a empresa procurar evitar a todo custo. A Comissão passou a se ocupar do caso a pedido das fabricantes de navegadores concorrentes, como Mozilla, Opera e Google.
Num blog da Microsoft, o advogado Dave Heiner atribuiu a decisão de separar o browser do sistema operacional ao processo por concorrência desleal em andamento na União Europeia. Ele assegura que "obviamente" será possível a instalação dos navegadores da concorrência.
Quase tudo e um pouco mais
A Comissão Europeia irá ainda averiguar sob que condições o Windows 7 será vendido. Se os usuários seguirem tendo tolhida sua liberdade de escolha, a Microsoft ainda poderá ser punida por abuso de sua posição dominante no mercado, ameaça o órgão.
Antes, a firma respondera a um processo semelhante perante a UE, referente ao monopólio do Windows Media Player. As multas anticartéis a que foi condenada nos últimos cinco anos já somam mais de dois bilhões de dólares.
O sistema Windows é empregado em 90% dos PCs de todo o mundo. Além disso, segundo dados da agência de estatísticas StatCounter, 60% dos usuários utilizam o Internet Explorer. Em seguida viriam o Firefox da Mozilla, com 30%, o Opera, com 4%, seguidos pelo Chrome, da Google e o Safari, da Apple.
O maior grupo de informática do mundo é acusado de – através da integração do navegador Internet Explorer (IE) no sistema operacional, praticada até agora – abusar de seu poder no mercado. A Comissão Europeia lhe oferecera a opção de deixar aberta aos usuários a escolha do browser.
Até então, a Microsoft argumentava que o IE seria um componente essencial do sistema, não podendo ser dissociado dele. No entanto, para o Windows 7, cujo lançamento foi antecipado para 22 de outubro de 2009, a firma pretende agora oferecer, aos usuários e fabricantes de computadores da UE, o navegador separadamente.
Queixas da concorrência
A Comissão Europeia criticou a decisão do grupo estadunidense, que haveria optado por oferecer menos alternativas ao usuário, ao invés de mais. No entanto, a UE vê a possibilidade de um efeito positivo junto aos fabricantes de PCs, os quais aparentemente poderiam escolher que browser instalar previamente, se o Internet Explorer ou outros.
No entanto, as autoridades anticartel da UE ainda poderiam forçar a Microsoft à integração de múltiplos browsers no Windows 7, o que a empresa procurar evitar a todo custo. A Comissão passou a se ocupar do caso a pedido das fabricantes de navegadores concorrentes, como Mozilla, Opera e Google.
Num blog da Microsoft, o advogado Dave Heiner atribuiu a decisão de separar o browser do sistema operacional ao processo por concorrência desleal em andamento na União Europeia. Ele assegura que "obviamente" será possível a instalação dos navegadores da concorrência.
Quase tudo e um pouco mais
A Comissão Europeia irá ainda averiguar sob que condições o Windows 7 será vendido. Se os usuários seguirem tendo tolhida sua liberdade de escolha, a Microsoft ainda poderá ser punida por abuso de sua posição dominante no mercado, ameaça o órgão.
Antes, a firma respondera a um processo semelhante perante a UE, referente ao monopólio do Windows Media Player. As multas anticartéis a que foi condenada nos últimos cinco anos já somam mais de dois bilhões de dólares.
O sistema Windows é empregado em 90% dos PCs de todo o mundo. Além disso, segundo dados da agência de estatísticas StatCounter, 60% dos usuários utilizam o Internet Explorer. Em seguida viriam o Firefox da Mozilla, com 30%, o Opera, com 4%, seguidos pelo Chrome, da Google e o Safari, da Apple.
FONTE: DW-WORLD.DE
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