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sexta-feira, 12 de junho de 2009

CE REPRESENTA MENOS DE 1% DA SAFRA NACIONAL

CEREAIS, LEGUMES E OLEAGENOSAS




Expansão da lavoura de cana-de-açúcar demonstra interesse por etanol e açúcar (Foto: Elisângela Santos)

O Ceará participa com 0,8% da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas e deve ser cada vez mais importadorO Ceará participa com apenas 0,8% da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, que deve somar 135,0 milhões de toneladas em 2009, segundo a quinta estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção brasileira será 7,5% menor que a obtida em 2008 — de 146,0 milhões de toneladas.O volume esperado para 2009 tem a seguinte distribuição regional: Região Sul, 54,0 milhões de toneladas (-11,9%); Centro-Oeste, 48,0 milhões de toneladas (-5,4%); Sudeste, 16,9 milhões de toneladas (-4,2%); Nordeste, 12,3 milhões de toneladas (-1,3%) e Norte, 3,7 milhões de toneladas (-1,5%). Bahia, Maranhão e Piauí são os principais produtores nordestinos, com participação respectiva de 4,2%, 1,7% e 1,2% na produção nacional.Para Demartone Coelho Botelho, representante da Universidade Federal do Ceará (UFC) no Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA), o Ceará não deve alavancar sua participação na produção brasileira de lavouras. Ao contrário, deve ser ainda mais importador de alimentos.Conforme o levantamento, o estado de Mato Grosso suplanta, em 0,7%, o Paraná, mantendo a posição de maior produtor nacional de grãos, com participação de 20% no total a ser colhido pelo Brasil este ano. O Paraná vem em seguida, com 19,3%. Logo depois está o Rio Grande do Sul, com 16,4%.ProdutosO 5º levantamento de 2009 indica produção de 3,0 milhões de toneladas (-5,8%) na produção de algodão herbáceo em caroço. A queda reflete principalmente as reavaliações nos dados da safra nordestina, onde o excesso de chuvas provocou redução na área e no rendimento médio — a Bahia, segundo maior produtor nacional, registra redução de 15,0% na produção esperada.Para a cana-de-açúcar, a estimativa totaliza 690,4 milhões de toneladas (+2,8%), com ampliação também da área a ser colhida (+1,8%). A expansão da lavoura demonstra o interesse por etanol e açúcar — mais atrativo no momento, devido à menor oferta no mercado internacional.Consideradas as três safras de feijão (em grãos), a produção nacional está avaliada em 3.639.625 toneladas, assim distribuídas: 1.756.090 t da 1ª safra (48,2%), 1.521.676 da 2ª (41,8%) e 361.859 da 3ª (10,0%). Frente aos dados de abril (-4,8%), as variações por safra são, respectivamente: -8,9%, 1,2% e -7,2%.A queda de produção na 1ª safra foi puxada pelo Nordeste, com reduções expressivas nos estados do Piauí (38,0%), Ceará (38,1%) e Bahia (15,0%).Na 2ª safra de feijão, o pequeno acréscimo na produção é resultado de reavaliações na maior parte dos estados produtores da região ordeste, com destaque para a Bahia, segundo maior produtor (+18,1%). A variação negativa de 7,2% na 3ª safra deve ser analisada com cautela, pois em importantes centros produtores o plantio pode se estender até os meses de julho/agosto.
Samira de Castro Repórter

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE - NEGÓCIOS

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