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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

VOLTA da CPMF > Ao excluir Temer, Dilma alimenta conspiração no PMDB

Brasília

Deixar o vice-presidente Michel Temer fora da discussão sobre a possível volta da CPMF é um erro e contribui para aumentar o afastamento entre ele e a presidente Dilma Rousseff. Temer anunciou que saiu do varejo político e que cuidaria da macropolítica. Essa proposta é macropolítica pura. A presidente vai acabar reforçando a ala do PMDB que deseja que o vice conspire contra ela.

Políticos da oposição e até aliados do governo criticaram duramente a ideia de um retorno do tributo. De manhã, Temer disse que não passava de “burburinho”. De tarde, foi avisado de que era para valer. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmaria ao final do dia a intenção do governo de propor ao Congresso a volta do antigo “imposto do cheque”.

Sem apoio de Temer, essa ideia tende a morrer. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chamou a proposta de tiro no pé. O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, afirmou que a oposição é contra e que duvida que a base de apoio do governo vote a favor.

O governo avalia que pode ter apoio de Estados e municípios, que estão com forte problema de caixa, para ajudar a pressionar deputados e senadores a aprovar a nova CPMF, mas não será batalha fácil. Há uma discussão no governo sobre a alíquota, se 0,38% ou um pouco menos -0,36%, por exemplo. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixa claro que, sem o novo tributo, o governo não conseguirá fechar as contas públicas no ano que vem.


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