Brasília
Na primeira reunião dos parlamentares
nordestinos em 2015, o peemedebista pediu mais atenção dos colegas para
recuperar o papel de instituições como BNB, Sudene e DNOCS
A definição do nome do deputado Júlio
César (PSD-PI) para assumir a coordenação da Bancada do Nordeste no Congresso
Nacional é uma vitória da meritocracia e do conhecimento, disse Danilo Forte
(PMDB-CE).
A declaração do parlamentar cearense
ocorreu na manhã desta quinta-feira, 26, durante o primeiro “Café da Manhã”
promovido pelo grupo parlamentar suprapartidário da região Nordeste que possui
151 deputados e 27 senadores.
“Acho que não tem ninguém mais capaz,
mais dedicado a esta bancada, do que o nosso deputado Júlio César”, falou
Danilo.
“Júlio César sem sombras de dúvidas é
um estudioso das causas nordestinas, é um trabalhador, um abnegado e com
certeza dará voz, mérito e conhecimento a todas as nossas questões”, continuou
o peemedebista cearense.
Pacto federativo
Danilo Forte que preside a Comissão
Especial da Câmara que analisa um novo pacto federativo comentou, ainda, que
seria importante os membros da Bancada do Nordeste se unirem em torno do
colegiado para garantir uma reforma federativa que contemple um modelo mais
equilibrado no desenvolvimento regional.
“Eu acho que dentro deste contexto,
nada melhor e mais exemplar que o exemplo do Nordeste. O Nordeste que tem um
terço da população brasileira e corresponde a menos de 14% da produção da
riqueza nacional. Apenas 13,6%. Isso precisa ser reequilibrado. E a equação
deste equilíbrio com certeza passará por esta comissão”, disse.
“Então o que eu poderia era
exatamente que a gente pudesse fazer um trabalho dentro da comissão do pacto
federativo para que dentro do planejamento nosso da repactuação do pacto
federativo dar instrumentos e elementos para que a gente possa fazer esse
equilíbrio, diminuir esse desequilíbrio regional que o País persiste em
conviver”, complementou.
Apoio às instituições
O peemedebista pediu também aos
demais colegas nordestinos de Congresso Nacional uma maior atenção dos
parlamentares da região no sentido de recuperar o papel de instituições
regionais de fomento a economia como o Banco do Nordeste (BNB), a
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
“Eu acho que nós temos duas grandes
temáticas a serem adotadas, como bem falou o (deputado) Uldurico (PTC-BA). Um,
o lado dos projetos estruturantes, que estão aí às questões das refinarias de
novo, há 30 anos na pauta. E por outro lado, a questão das nossas instituições
como DNOCS, Sudene e Banco do Nordeste”, acrescentou.
“Não dá mais para ter um DNOCS
agonizando. Que num período desses de cinco anos de seca está sem papel. Sobrou
para o DNOCS o papel de cavar poço e não pode cavar poço porque a procuradoria
não deixa. O Ceará é o único Estado do Brasil que tem que ter outorga para se
poder cavar poço para tirar água, inclusive para subsistência de comunidades
carentes”, finalizou.
O parlamentar cearense critica a
postura do fórum dos governadores da região “ser apenas um convescote de
correligionários”. Ele exige uma postura mais altiva. “O povo está cansado de
conversa fiada e de blá-blá-blá. O povo quer solução”, concluiu.
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