Quixadá
Nos últimos anos os mercados públicos do Interior do Ceará vêm perdendo espaço para os supermercados. Além do conforto, a diversidade de produtos e o asseio são levados em conta pelos consumidores. Um dos pontos fortes desses espaços comerciais, a venda de carnes e peixes, também encontra concorrência nos frigoríficos, cada vez mais estruturados. A alternativa, na opinião dos permissionários, é modernizar e requintar, quem sabe até climatizar, como ocorre no mercado público de São Paulo.
Nos últimos anos os mercados públicos do Interior do Ceará vêm perdendo espaço para os supermercados. Além do conforto, a diversidade de produtos e o asseio são levados em conta pelos consumidores. Um dos pontos fortes desses espaços comerciais, a venda de carnes e peixes, também encontra concorrência nos frigoríficos, cada vez mais estruturados. A alternativa, na opinião dos permissionários, é modernizar e requintar, quem sabe até climatizar, como ocorre no mercado público de São Paulo.
Em Quixadá, a presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público, Adriana Holanda Viana, aponta como urgente a necessidade de restauração de um dos mais antigos espaços de comercialização da cidade, erguido na década de 1960 e ampliado no Governo Gonzaga Mota. Deste então o prédio não recebeu mais nenhum serviço de recuperação. No total são 65 boxes, mas boa parte deles estão fechados. A cada dia diminui o movimento da clientela no mercado. Havia promessa dos gestores municipais anteriores em realizar a reforma, mas não foi concretizada, reclama.
Na cidade de Iguatu feirantes e consumidores aguardam há quase duas décadas a construção de um novo mercado público na cidade, localizada na região Centro-Sul. Construído há 43 anos, o centro de abastecimento está saturado e necessita de mais espaço. As condições de trabalho são precárias. O prédio não foi ampliado e nem reformado. No entorno do imóvel, foram improvisadas dezenas de barracas. O espaço está descaracterizado com o surgimento de barracas para a venda de frutas, cereais, lanche e refeição, tanto na lateral quanto atrás do imóvel. Visto do alto, a imagem revela um amontoado de cobertas de plástico, madeira, telha de amianto e de zinco. As calçadas no entorno foram ocupadas pelos feirantes.
Em Russas, permissionários que trabalham no mercado público do município reclamam da situação precária no local. O serviço é feito em péssimas condições de estrutura, com rachaduras nas paredes, buracos no telhados, sem banheiro e falta de segurança. A dona de casa Rosana de Lima, moradora da zona rural, faz compras com frequência no local e afirma que considera um risco o local ainda estar aberto. “Tem muita rachadura nas paredes, o reboco tá caindo, não tem um banheiro, não sei como eles (os permissionários) conseguem passar o dia aqui”, reclama.
Numa das maiores cidades do Estado, Juazeiro do Norte, a situação em torno dos cinco mercados administrados pela empresa SR. Empreendimentos é de descaso e abandono. Permissionários reclamam da falta de melhorias na infraestrutura física dos equipamentos, bem como em relação às questões de limpeza, higiene e segurança. Atos de vandalismo durante o período noturno como forma de amedrontar alguns comerciantes que trabalham no interior dos equipamentos, objetivando que estes abandonem seus boxes para, a partir daí, serem criadas novas possibilidades de comercialização dos espaços por valores superiores aos já definidos pela administradora, também são frequentes.
Em Sobral, por meio das Secretarias da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico (STDE) e Conservação e Serviços Públicos (Seconv), em parceria com a Associação dos Micro Empreendedores de Sobral, o Mercado Central tem recebido um plano de qualificação e gestão integrada do mercado, apresentação de linhas de crédito e proposta de formalização. A última ação foi um curso de culinária oferecido aos 40 permissionários da praça de alimentação, durante o mês de junho. De acordo com a Secretária da STDE, Daniela Costa, as primeiras ações estão sendo qualificação de empreendedores, suporte técnico e instalação de um ponto de apoio da STDE com acesso à internet. Já o O Secretário Mario Parente enfatizou as ações de segurança e limpeza que já foram implementadas no Mercado.
Apenas em Crateús, por determinação do ministério público, há uma semana, algumas melhorias estão sendo realizadas no Mercado Emanoel Cardoso, mais conhecido como Mercado Central de Crateús. O mercado tem a frente a Associação dos Comerciantes do Mercado Público Central de Crateús (ASCOMECE). De acordo com a secretária geral da associação, Antônia Efigênia, a primeira determinação de mudança foi da parte elétrica, que está sendo completamente modificada. O prazo de entrega para a finalização do primeiro projeto foi de um mês. O segundo projeto já foi lançado, projeto do corpo de bombeiros, que irá fiscalizar toda a segurança, focando os restaurantes, que usam gases explosivos. A secretária não deu mais detalhes sobre os demais projetos a serem lançados.
Veja a reportagem do Diário do Nordeste >Mercados públicos funcionam com precariedade no Interior.
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