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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Mercados Públicos, Espaços de comercialização em decadência no Interior

QUIXADÁ - MERCADO PÚBLICO - FOTO CLEUMIO PINTO  4Quixadá
Nos últimos anos os mercados públicos do Interior do Ceará vêm perdendo espaço para os supermercados. Além do conforto, a diversidade de produtos e o asseio são levados em conta pelos consumidores. Um dos pontos fortes desses espaços comerciais, a venda de carnes e peixes, também encontra concorrência nos frigoríficos, cada vez mais estruturados. A alternativa, na opinião dos permissionários, é modernizar e requintar, quem sabe até climatizar, como ocorre no mercado público de São Paulo.
QUIXADÁ - MERCADO PÚBLICO - FOTO CLEUMIO PINTO  74Em Quixadá, a presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público, Adriana Holanda Viana, aponta como urgente a necessidade de restauração de um dos mais antigos espaços de comercialização da cidade, erguido na década de 1960 e ampliado no Governo Gonzaga Mota. Deste então o prédio não recebeu mais nenhum serviço de recuperação. No total são 65 boxes, mas boa parte deles estão fechados. A cada dia diminui o movimento da clientela no mercado. Havia promessa dos gestores municipais anteriores em realizar a reforma, mas não foi concretizada, reclama.
Na cidade de Iguatu feirantes e consumidores aguardam há quase duas décadas a construção de um novo mercado público na cidade, localizada na região Centro-Sul. Construído há 43 anos, o centro de abastecimento está saturado e necessita de mais espaço. As condições de trabalho são precárias. O prédio não foi ampliado e nem reformado. No entorno do imóvel, foram improvisadas dezenas de barracas. O espaço está descaracterizado com o surgimento de barracas para a venda de frutas, cereais, lanche e refeição, tanto na lateral quanto atrás do imóvel. Visto do alto, a imagem revela um amontoado de cobertas de plástico, madeira, telha de amianto e de zinco. As calçadas no entorno foram ocupadas pelos feirantes.
QUIXADÁ - MERCADO PÚBLICO - FOTO CLEUMIO PINTO  37Em Russas, permissionários que trabalham no mercado público do município reclamam da situação precária no local. O serviço é feito em péssimas condições de estrutura, com rachaduras nas paredes, buracos no telhados, sem banheiro e falta de segurança. A dona de casa Rosana de Lima, moradora da zona rural, faz compras com frequência no local e afirma que considera um risco o local ainda estar aberto. “Tem muita rachadura nas paredes, o reboco tá caindo, não tem um banheiro, não sei como eles (os permissionários) conseguem passar o dia aqui”, reclama.
Numa das maiores cidades do Estado, Juazeiro do Norte, a situação em torno dos cinco mercados administrados pela empresa SR. Empreendimentos é de descaso e abandono. Permissionários reclamam da falta de melhorias na infraestrutura física dos equipamentos, bem como em relação às questões de limpeza, higiene e segurança. Atos de vandalismo durante o período noturno como forma de amedrontar alguns comerciantes que trabalham no interior dos equipamentos, objetivando que estes abandonem seus boxes para, a partir daí, serem criadas novas possibilidades de comercialização dos espaços por valores superiores aos já definidos pela administradora, também são frequentes.
Em Sobral, por meio das Secretarias da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico (STDE) e Conservação e Serviços Públicos (Seconv), em parceria com a Associação dos Micro Empreendedores de Sobral, o Mercado Central tem recebido um plano de qualificação e gestão integrada do mercado, apresentação de linhas de crédito e proposta de formalização. A última ação foi um curso de culinária oferecido aos 40 permissionários da praça de alimentação, durante o mês de junho. De acordo com a Secretária da STDE, Daniela Costa, as primeiras ações estão sendo qualificação de empreendedores, suporte técnico e instalação de um ponto de apoio da STDE com acesso à internet. Já o O Secretário Mario Parente enfatizou as ações de segurança e limpeza que já foram implementadas no Mercado.
QUIXADÁ - MERCADO PÚBLICO - FOTO CLEUMIO PINTO  19Apenas em Crateús, por determinação do ministério público, há uma semana, algumas melhorias estão sendo realizadas no Mercado Emanoel Cardoso, mais conhecido como Mercado Central de Crateús. O mercado tem a frente a Associação dos Comerciantes do Mercado Público Central de Crateús (ASCOMECE). De acordo com a secretária geral da associação, Antônia Efigênia, a primeira determinação de mudança foi da parte elétrica, que está sendo completamente modificada. O prazo de entrega para a finalização do primeiro projeto foi de um mês. O segundo projeto já foi lançado, projeto do corpo de bombeiros, que irá fiscalizar toda a segurança, focando os restaurantes, que usam gases explosivos. A secretária não deu mais detalhes sobre os demais projetos a serem lançados.
Veja a reportagem do Diário do Nordeste >Mercados públicos funcionam com precariedade no Interior.

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