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sábado, 28 de junho de 2014

Plantação de legumes em cemitério do Interior causa polêmica



Choró > “Nesta terra, em se plantando, tudo dá”, a celebre frase na carta de Pero Vaz de Caminha escrita ao rei Dom Manuel, de Portugal, quando chegou ao Brasil, acaba de ressuscitar num cemitério público de uma pequena cidade do Interior do Ceará, Choró, situada a 180Km da capital cearense. O motivo, uma parte da área do campo fúnebre foi transformada em horta. Aproveitando as horas vagas, o coveiro arou a terra e plantou milho, feijão e melancia.
A colheita ia ser iniciada agora no fim de junho, mas alguns curiosos começaram a bisbilhotar no cemitério e preocupado com a possibilidade de perder o emprego o coveiro resolveu arrancar as plantações de grãos. No local, além das covas e cruzes, restaram apenas algumas melancias. “A judiação seria até maior do que o que fazem aqui com os mortos quando a gente não está vigiando”, desabafou o servidor público. Ele se referia a violação dos túmulos para realização de rituais de magia negra. Afirmou ainda que outros colegas já plantavam por ali, um deles inclusive  sustentava a família com o que colhia no canto santo.
No caso das melancias, como estão amadurecendo, com mais alguns dias já estão no ponto de colheita para levar a mesa. O coveiro, o qual teve seu nome preservado para evitar deboches e hostilidades, pretende saborear as melancias com sua família. Para ele, os mortos não vão reclamar, até porque cuida do cemitério com muito carinho e zelo. Tudo está sempre limpinho. Ele havia resolvido cuidar da horta dentro do cemitério porque acreditava que não seria importunado. Pelo jeito foi pior.

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