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domingo, 29 de junho de 2014

O colunista Amadeu Filho no Túnel do Tempo, traz o ídolo Cicero Ramalho


Quixadá > "Golaço  de Cícero Ramalho!" "Bola na rede, Cícero ramalho, o matador" "Cícero deixa Pedro Basílio na saudade e fuzilou para o gol" "Ninguém segura o artilheiro! Durante um bom tempo e por incontáveis vezes, era assim que o vibrante narrador esportivo Audílio Moura(foto) narrava mais um gol do maior artilheiro da história do "Canarinho do Sertão", Cícero Ramalho, o eterno ídolo da  torcida do Quixadá Futebol Clube.  O objetivo deste artilheiro, nas equipes por onde passou era o "gol" e nisto, virou especialista. Com ele, não tinha bola perdida, se arriscava nos meios dos zagueiros que não conseguiam marcá-lo.  Este ídolo se tornou uma unanimidade para os torcedores do Quixadá e sempre uma grande dor de cabeça para os adversários. Cícero Ramalho levava muitos  torcedores para o nosso velho estádio. Virou "xodó" da torcida, referencia para crianças e jovens. Como ficou o nosso futebol sem a presença do artilheiro no "Abilhão"? Assim, como Gildo é o eterno ídolo da torcida do Ceará; Croinha, o deus da alegre torcida do Fortaleza; Amilton Melo, o príncipe do Ferroviário, Cícero Ramalho é o  craque, ainda hoje, mais lembrado pela torcida canarinha.
Este goleador, nascido em Mossoró, RN, passou por muitas equipes nordestinas. Segundo contou ao "Blog", começou sua carreira no Potiguar de Mossoró, aos 17 anos de idade, anos 80; No futebol cearense, esteve por 3 meses no Ferroviário. Veio para o "Canarinho do Sertão" pelas mãos do técnico Oliveira Ceará, 87, com  20 e poucos anos, se tornando o vice-artilheiro do "Estadual", daquele ano. Fazendo um grande campeonato, foi parar no Ceará, mas não ficou por muito tempo. Retornou e disputou o campeonato de 88, sendo o principal artilheiro da competição. A sua fama de artilheiro logo se espalhou, tendo se tornado uma das principais atrações dos programas esportivos da "TV" e do rádio. Ainda voltaria ao Ferroviário, de lá saindo para a Espanha onde ficou por 5 anos, onde vestiu a camisa de três clubes, o "Real Murce", "Levante" e "Valência". Parecia coisa do destino e voltou para o Ferroviário, 94, tendo sido campeão naquele ano. Saindo do futebol cearense,  jogou em outras clubes do Nordeste. Voltou ao Potiguar, onde sempre foi ídolo, jogou no América de Natal, 96, ano que o clube subiu para a primeira divisão, tendo sido um dos artilheiros da "Série B". No quadrangular, foi decisivo, marcando 5 gols que permitiram a subida do time americano. Ainda vestiria a camisa do Corinthians(o de Caicó), RN);  voltaria ao "Canarinho", 98, vestiu a camisa do Itapipoca, sendo o responsável direto pelo acesso do time. Conquistou ainda a torcida da equipe do Baraúnas, marcando gols decisivos.  Parou de jogar em 2002, iniciando a carreira de treinador, não obtendo o mesmo sucesso da carreira de atleta.   Mas a torcida do Baraúna exigiu a sua volta como jogador, 2005, disputando a "Copa do Brasil", onde voltou a brilhar, tendo o Baraúna eliminado o Vitória, Vasco da Gama, América(MG). Ficou então, nacionalmente conhecido, recebendo do jornalista Jonas Sousa, a denominação de "O Romário do Nordeste", e sendo motivo de muitas reportagens da imprensa esportiva. 

Cícero Ramalho, tem muitas  lembranças do tempo de jogador aqui em Quixadá, conquistando não só a torcida mas muitas pessoas, pela simplicidade e por gostar muito da terra dos monólitos. Diz não esquecer um gol que marcou contra o Ceará, tendo se livrado de praticamente, toda a zaga alvinegra. Foi o gol mais bonito  da rodada. Tem uma saudade imensa  de nossa cidade e principalmente, da torcida. Lembra-se de uma faixa, conduzida pela "Fiel Canarinha" que homenageava o artilheiro "Hey, Hey, Cícero Ramalho é nosso rei". Não há dúvida, foi o grande ídolo da torcida canarinha. Agora, que nosso querido time voltou a primeira divisão, que tal uma homenagem ao nosso eterno artilheiro? Com certeza, ele ficaria muito emocionado e nós também, seus fãs.
 
 
 

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