Quixadá > "Golaço de
Cícero Ramalho!" "Bola na rede, Cícero ramalho, o matador"
"Cícero deixa Pedro Basílio na saudade e fuzilou para o gol"
"Ninguém segura o artilheiro! Durante um bom tempo e por incontáveis
vezes, era assim que o vibrante narrador esportivo Audílio Moura(foto) narrava
mais um gol do maior artilheiro da história do "Canarinho do Sertão",
Cícero Ramalho, o eterno ídolo da torcida do Quixadá Futebol Clube.
O objetivo deste artilheiro, nas equipes por onde passou era o
"gol" e nisto, virou especialista. Com ele, não tinha bola perdida,
se arriscava nos meios dos zagueiros que não conseguiam marcá-lo. Este
ídolo se tornou uma unanimidade para os torcedores do Quixadá e sempre uma
grande dor de cabeça para os adversários. Cícero Ramalho levava muitos torcedores
para o nosso velho estádio. Virou "xodó" da torcida, referencia para
crianças e jovens. Como ficou o nosso futebol sem a presença do artilheiro no
"Abilhão"? Assim, como Gildo é o eterno ídolo da torcida do Ceará;
Croinha, o deus da alegre torcida do Fortaleza; Amilton Melo, o príncipe do
Ferroviário, Cícero Ramalho é o craque, ainda hoje, mais lembrado pela
torcida canarinha.
Este goleador,
nascido em Mossoró, RN, passou por muitas equipes nordestinas. Segundo contou
ao "Blog", começou sua carreira no Potiguar de Mossoró, aos 17 anos
de idade, anos 80; No futebol cearense, esteve por 3 meses no Ferroviário. Veio
para o "Canarinho do Sertão" pelas mãos do técnico Oliveira Ceará,
87, com 20 e poucos anos, se tornando o vice-artilheiro do
"Estadual", daquele ano. Fazendo um grande campeonato, foi parar no
Ceará, mas não ficou por muito tempo. Retornou e disputou o campeonato de 88,
sendo o principal artilheiro da competição. A sua fama de artilheiro logo se
espalhou, tendo se tornado uma das principais atrações dos programas esportivos
da "TV" e do rádio. Ainda voltaria ao Ferroviário, de lá saindo para
a Espanha onde ficou por 5 anos, onde vestiu a camisa de três clubes, o
"Real Murce", "Levante" e "Valência". Parecia
coisa do destino e voltou para o Ferroviário, 94, tendo sido campeão naquele
ano. Saindo do futebol cearense, jogou em outras clubes do Nordeste.
Voltou ao Potiguar, onde sempre foi ídolo, jogou no América de Natal, 96, ano
que o clube subiu para a primeira divisão, tendo sido um dos artilheiros da
"Série B". No quadrangular, foi decisivo, marcando 5 gols que
permitiram a subida do time americano. Ainda vestiria a camisa do Corinthians(o
de Caicó), RN); voltaria ao "Canarinho", 98, vestiu a camisa do
Itapipoca, sendo o responsável direto pelo acesso do time. Conquistou ainda a
torcida da equipe do Baraúnas, marcando gols decisivos. Parou de jogar em
2002, iniciando a carreira de treinador, não obtendo o mesmo sucesso da
carreira de atleta. Mas a torcida do Baraúna exigiu a sua volta como jogador,
2005, disputando a "Copa do Brasil", onde voltou a brilhar, tendo o
Baraúna eliminado o Vitória, Vasco da Gama, América(MG). Ficou então,
nacionalmente conhecido, recebendo do jornalista Jonas Sousa, a denominação de "O
Romário do Nordeste", e sendo motivo de muitas reportagens da imprensa
esportiva.
Cícero Ramalho, tem
muitas lembranças do tempo de jogador aqui em Quixadá, conquistando não
só a torcida mas muitas pessoas, pela simplicidade e por gostar muito da terra
dos monólitos. Diz não esquecer um gol que marcou contra o Ceará, tendo se
livrado de praticamente, toda a zaga alvinegra. Foi o gol mais bonito da
rodada. Tem uma saudade imensa de nossa cidade e principalmente, da
torcida. Lembra-se de uma faixa, conduzida pela "Fiel Canarinha" que
homenageava o artilheiro "Hey, Hey, Cícero Ramalho é nosso rei". Não
há dúvida, foi o grande ídolo da torcida canarinha. Agora, que nosso querido
time voltou a primeira divisão, que tal uma homenagem ao nosso eterno
artilheiro? Com certeza, ele ficaria muito emocionado e nós também, seus fãs.
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