Quixadá > Três dias após o início da greve da Polícia Civil a população de Quixadá, Quixeramobim e de cidades vizinhas, não está nada satisfeita com os rumos adotados pelo Governo do Estado. Passado o susto da histeria coletiva as reclamações acerca de casos policiais corriqueiros, na maioria desavenças entre familiares e vizinhos, estão aumentando. Sem os policiais civis para mediarem os conflitos as brigas estão se agravando.
Para piorar a situação muitos estão reclamando do portal eletrônico da Polícia Civil. Não estão conseguindo confirmação dos registros on line. Não estão recebendo os boletins de ocorrência através de email. Casos simples de investigação também estão deixando de ser solucionados. Os lojistas estão preocupados com o aumento de arrombamentos. Muitos estão indignados. Alguns criticam os policiais. Não poderiam fazer greve por se tratar de um serviço essencial, mas a maioria apoia os grevistas e critica o governador Cid Gomes, por sua postura radical.
Lideranças do movimento na região Centro do Estado afirmam que as delegacias regionais e municipais devem continuar “fechadas” enquanto o Governo do Estado não fechar um acordo. Segundo os grevistas, além de Quixadá, as atividades estão paradas em Canindé, Senador Pompeu e praticamente 100% das delegacias do Interior. Os delegados estão buscando auxílio de policiais militares e nomeando escrivãs ad hoc. Mesmo assim o quadro está se agravando, garantem os grevistas.
Para as delegacia do Interior voltarem a normalidade serão necessários pelo menos 500 policiais civis e 200 escrivães por dia. Com o deslocamento dos policiais militares para dentro das delegacias os trabalhos preventivos serão prejudicados, explica um dos líderes do movimento. “O quadro da crise na segurança pública no nosso Estado é tão grave que a presidenta Dilma Roussef já anunciou a possibilidade de interdição federal no Ceará” acrescentou um sindicalista.
FONTE:
BLOG DIÁRIO DO SERTÃO CENTRAL
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