São Paulo - A inadimplência do consumidor brasileiro no ano passado foi 21,5%
maior do que em 2010, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian. Esta foi
a maior elevação anual verificada desde 2002, quando houve um crescimento de
24,7% ante 2001.
O valor médio dos débitos não bancários, como cartões de crédito, financeiras
e lojas em geral, apresentou uma queda de 17,3% em 2011 ante 2010, passando de
R$ 387,55 para R$ 320,63. As dívidas com bancos tiveram redução de 0,7% e
ficaram em R$ 1.302,12, valor ligeiramente abaixo dos R$ 1.311,71 registrados no
ano anterior.
Já os títulos protestados e cheques sem fundos fizeram o movimento contrário
e apresentaram elevação em seus valores médios de um ano para o outro, com altas
de 16% e 8,4% respectivamente. Os protestos subiram de R$ 1.183,50 para R$
1.372,86 e os cheques passaram de R$ 1.254,44 para R$ 1.359,19.
No comparativo mensal, o número de pessoas que não honraram suas dívidas caiu
2,5% em dezembro ante novembro. Se considerado o mesmo mês do ano anterior, o
indicador apresentou alta de 13,1%.
Segundo os economistas da Serasa, o aumento da inflação reduziu o rendimento
do trabalhador e os juros ainda elevados afetaram a capacidade de pagamento do
consumidor diante de um endividamento crescente em 2011. Eles destacam que o
acumulo de dívidas, de médio e longo prazos, vem desde 2010, ano em que as
condições de crédito e do orçamento do consumidor foram mais favoráveis do que
em 2011.
FONTE:
AGÊNCIA BRASIL
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