Imagem mostra o menino com seu pai, antes da cirurgia para a retirada do feto - Foto: AP |
Uma equipe de cirurgiões peruanos realizou com sucesso uma cirurgia para a retirada de um feto gemelar da barriga de uma criança de 3 anos de idade no hospital Las Mercedes, da cidade de Chiclayo. O pequeno Isbac Pacunda, nascido em uma comunidade nativa da região florestal de Loreto e operado na segunda-feira, acordou com um bom semblante e na manhã desta terça-feira já caminhava tranquilamente pelo hospital.
O menino foi operado por uma equipe de médicos, dirigida pelo cirurgião pediatra Carlos Astocóndor, para extrair um feto de um irmão gêmeo que não chegou a se desenvolver e ficou enquistado no tecido de seu estômago, como uma espécie de tumor. Após a cirurgia, Astocóndor explicou que o corpo extraído tinha braços, pernas e coluna vertebral, mas sem órgãos internos, e se encontrava encapsulado na barriga da criança.
Ontem, os médicos chegaram a afirmar que o feto tinha 700g, mas após a cirurgia foi confirmado que o peso era de 1,2 kg e media aproximadamente 25 cm. "Graças ao encapsulamento do feto, este não comprometeu nenhum órgão vital da criança, que só tinha um laço com um rim. Aliás, por conta deste fato, a cirurgia acabou se prolongando um pouco mais", afirmou o médico, que especificou que a intervenção durou aproximadamente quatro horas.
Segundo o chefe de relações públicas do centro médico, a criança deverá permanecer pelo menos mais dez dias no hospital, tempo em que os médicos estarão acompanhando sua recuperação e os possíveis problemas que possam aparecer após a cirurgia. A presença do feto gemelar, que se apresenta em uma proporção de um para cada 500 mil nascidos vivos, foi confirmada há umas semanas pelos médicos do hospital de Chiclayo.
Isbac é o terceiro dos quatros filhos e está em Chiclayo com seu pai, Leónidas Pacunda, que necessitará de ajuda econômica para pagar sua estadia nessa cidade e os remédios da criança, que não estão custeados pelo seguro social. "O pós-operatório é muito delicado e necessita de constantes medicações para evitar as infecções", indicou o porta-voz, que assinalou que as empregados, os médicos e os moradores locais colaboraram para ajudar a pagar as despesas adicionais deste caso.
FONTE:
PORTAL TERRA
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