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sábado, 27 de novembro de 2010

MINISTRA PORTUGUESA QUER CESARIANAS DECIDIDAS SÓ COM BASE EM CRITÉRIOS CLINICOS

A ministra da Saúde, Ana Jorge, defendeu hoje, sábado, a realização de cesarianas exclusivamente com base em critérios clínicos, combatendo a "moda" daquela intervenção "a pedido" da mulher, frequente sobretudo no sector privado.
Ana Jorge apelou, no encerramento do primeiro congresso nacional da Sociedade Portuguesa de Medicina Materno Fetal, para que "haja um critério clínico exclusivo para a indicação de cesariana, que tenha que ser muito bem cumprido".
Ana Jorge quer cesarianas decididas só com base em critérios clínicos

                                             foto Miguel A. Lopes/ Lusa
A ministra referiu aos jornalistas que o Ministério da Saúde fará uma campanha de sensibilização para "os riscos" que correm as mulheres e bebés sujeitos a uma cesariana.
Ana Jorge sublinhou a ideia que defendeu na sua intervenção de que o parto vaginal "é muito bom para a saúde dos bebés e das mulheres".
Segundo Ana Jorge, a indicação clínica não pode estar a ser o único critério para a realização de cesarianas, quando "em determinados locais 100% dos partos são cesariana".
"Há muitos factores que levam a isso, alguns são indicações mais facilitadoras para ter ao agendamento do dia e da hora marcada, outras vezes são também as mulheres que pedem porque têm medo da dor e com falsas ideias de que será melhor para o bebé", explicou.
Também a questão da dor é "uma falsa questão", sublinhou, já que "a epidural se não for em 100, é praticada em 99% dos locais onde se nasce".
A "permeabilidade" dos médicos à "moda" da cesariana "será maior no sector privado do que no sector público", referiu, onde "a mulher muitas vezes na relação com o seu médico assistente pede-lhe para fazer cesariana".
"Temos que nos pôr a pensar se é um direito querer ter uma cesariana ou se é melhor para a saúde da própria mulher e da criança e isso compete aos profissionais de saúde", sublinhou, reconhecendo que "do ponto de vista clínico, há algumas correntes que defendem que a cesariana pode ser a pedido".
De acordo com Ana Jorge, as "cesarianas com critério clínico deverão ser cerca de 25 a 30 por cento" do total de nascimentos. 

FONTE: JORNAL DE NOTICIAS

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