Foto: Sirle Freitas / Agência RBS |
Brasília - A Região Sul soma perda de R$ 2,797 bilhões com a seca que afetam
a 860 mil pessoas. O número de vítimas no Rio Grande do Sul é 388.040, em Santa
Catarina são 396.128 vítimas e no Paraná 76.696. De acordo com a Defesa Civil,
no Rio Grande do Sul há 71 municípios em estado de emergência, 56 em Santa
Catarina e nove no Paraná.
Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a
produção de soja terá a maior perda no Rio Grande do Sul, que tem 25% da
produção danificada. No Paraná, que é o segundo maior produtor de soja do país,
a diminuição da colheita será de 10% em relação a safra de 2011. O Departamento
de Economia Rural do Paraná (Deral) estima que 1 milhão de toneladas de milho
não serão colhidas. A produção terá um recuo de 14% em relação ao ano
passado.
Em Santa Catarina, o secretário adjunto da Agricultura, Airton Spies, disse à
Agência Brasil as perdas no campo chegam a R$ 400 milhões.
Spies disse ainda que em Santa Catarina as culturas mais afetadas pela seca são
o milho, cuja quebra varia de 30% a 50%, o leite com perda de 30%, o tabaco com
25% e a soja com 10%.
Autoridades catarinenses visitaram hoje as regiões mais afetadas. O governo
estadual anunciou a liberação de R$ 1,2 milhão que será destinado ao transporte
de água, compra de máquinas para silagem, alimentação do gado e perfuração de
poços artesianos. Pelo último balanço, 1.140 agricultores solicitaram o auxílio
do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).
A Defesa Civil de cada estado, as secretarias de Agricultura e o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento orientam os produtores rurais em
relação ao combate à seca, aos programas do governo e a prazos e documentos para
obtenção de auxílio. Os técnicos informaram que será analisada também a
possibilidade de renegociação de dívidas e aumento do limite de endividamento
dos agricultores.
A assessoria da Proagro acrescentou que o fornecimento de recursos públicos
destinados aos produtores rurais nos estados, que sofrem com a estiagem, só
serão definidos após a entrega do levantamento dos prejuízos. Especialistas
estimam que a estiagem se estenda até o mês de maio.
FONTE:
AGÊNCIA BRASIL
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