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domingo, 27 de março de 2011

HORA DO PLANETA, BRASILEIROS DE NORTE A SUL DO PAÍS VIBRAM COM O EVENTO


A edição de 2011 da Hora do Planeta conseguiu algo mais do que bater recordes de participação de anos anteriores; o movimento que conscientiza cada vez mais pessoas em todo o mundo, cresce rapidamente também no Brasil sensibilizando adeptos de todas as gerações, em especial, os mais jovens.

É o caso do menino José Geraldo de Saboia Campos Neto, de Cuiabá (MT), conhecido como Geraldinho, e que, segundo sua mãe, Ana Cristina, participou pela segunda vez da Hora do Planeta!

"Estamos amando poder ter essa oportunidade, dessa unidade com o mundo, de protestarmos contra o aquecimento global e de pedir, principalmente, a todos, que respeitem e cuidem daquilo que Deus, generosamente, nos ofertou! Temos a obrigação e o compromisso de cuidarmos de nosso Planeta todos os segundos que vivemos!!! Nossa luta será eterna...todos os anos estaremos aqui!", assegura Ana Cristina.

 
NO BRASIL:

PALMAS, GRITOS E POESIA SAUDARAM A CHEGADA DA HORA DO PLANETA EM MANAUS

Foto: Teatro Amazonas durante a Hora do Planeta 2011. WWF-Brasil/Jorge Oliveira

Às 20h30 de Manaus, o apagar de luzes do Teatro Amazonas foi saudado com palmas e gritos num dos mais famosos pontos turísticos da capital amazonense, o Largo do São Sebastião, no Centro. Cerca de 120 pessoas se fizeram presentes para acompanhar a ação-símbolo da Hora do Planeta, a campanha mundial do WWF que busca conscientizar as pessoas para os riscos do aquecimento global e o perigo das mudanças climáticas. Dentro do Teatro Amazonas, os integrantes do Fórum Internacional de Sustentabilidade assistiram apresentações da Orquestra de Câmara do Amazonas e em seguida dos bumbás Garantido e Caprichoso.

Na sede do grupo de produtores culturais Coletivo Difusão, poetas, escritores e cronistas se juntaram para declamar poesias à luz de velas. Cerca de trinta pessoas aceitaram o convite feito pelo grupo, que aproveitou a Hora do Planeta para promover um sarau dentro de suas dependências. O evento contou com a participação do Clube Literário do Amazonas (CLAM) e de atores e atrizes do teatro underground manauara.

NA CAPITAL FEDERAL, DESTAQUE PARA A SITUAÇÃO DO CERRADO


Foto: Ponte JK, em Brasília, na Hora do Planeta 2011.

Quando as luzes da Esplanada dos Ministérios, o centro do poder nacional em Brasília, se apagaram, um céu azul pontilhado de estrelas se revelou aos presentes mostrando o que a cidade tem de mais bonito. Famosa pela beleza do céu, a capital brasileira está situada na região central do Brasil, onde está um dos biomas mais ameaçados, o Cerrado. 

O evento foi realizado no  museu da República, prédio moderno em formato de nave espacial e assinado pelo arquiteto Oscar Niemayer. Às 20h30, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, subiram na alça lateral do prédio e desligaram o interruptor simbolizando o desligar das luzes da cidade. Em seguida, as luzes da Esplanada dos Ministérios foram apagadas, assim como a de vários monumentos da cidade, como do Palácio do Buriti e Anexo, Memorial JK, Teatro Nacional, Catedral, Museu do Índio, Complexo Cultural da República e Ponte JK.

Após o apagar das luzes, aconteceu uma apresentação de percussão do grupo Batukenjé, criado em 2006, na Finlândia, pelo percussionista Celin Dú Batuk para ensinar percussão, ritmos brasileiros, uso de instrumentos, canto, dança e história da percussão, bem como divulgar a cultura afro-brasileira. O grupo é hoje sediado em Brasília.

ACRE ALCANÇA MOBILIZAÇÃO RECORDE NA HORA DO PLANETA
Foto: Dezenas de ciclistas organizaram uma bicicletada em apoio ao movimento Hora do Planeta 2011 no Acre. Sérgio Vale.
A Hora do Planeta já faz parte do calendário de atividades no estado do Acre. A exemplo dos anos anteriores, alguns dos principais monumentos foram apagados. Porém, este ano o evento contou com maciça participação da população local. Na capital, centenas de pessoas se mobilizaram em frente ao palácio Rio Branco, sede do Governo Estadual. Dezenas de ciclistas organizaram uma bicicleata em apoio ao movimento.

O governador Tião Viana lembrou a legitimidade da adesão do estado à Hora do Planeta. “É um gesto simbólico que reforça o compromisso que o Acre tem com um modelo de desenvolvimento pautado por padrões de sustentabilidade socioambiental, que vem sendo adotado há 12 anos”, avaliou.

Além do palácio Rio Branco, foram apagadas as luzes da Assembleia Legislativa, da prefeitura de Rio Branco, do calçadão da Gameleira e da passarela Joaquim Macedo. As cidades acreanas de Xapuri, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus também participaram do movimento. Em Xapuri foram apagados, entre outros cartões postais, a casa do ex-líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988.

NO RIO DE JANEIRO, CARIOCAS SAMBARAM NA HORA DO PLANETA
 
Cerca de 3 mil pessoas sambaram das 20h30 às 21h30 ao som de quatro escolas de samba nos Arcos da Lapa, durante a ação de alcance global  por Ligia Paes de Barros, WWF-Brasil


É o terceiro ano em que o Rio de Janeiro é a cidade oficial da Hora do Planeta no Brasil, mas a emoção de assistir o apagar das luzes na cidade maravilhosa é sempre única. Neste ano, o movimento global na cidade foi ainda mais especial: pela primeira vez, os cariocas puderam participar de um evento público com muita música e alegria na praça em frente aos Arcos da Lapa, um dos cartões-postais da cidade que tiveram suas luzes apagadas.

Depois do show, a convite do WWF-Brasil, todos os presentes se calaram e fez-se um emocionante silêncio de um minuto em homenagem às vitimas das enchentes no Brasil no início do ano, e que afetaram muito o estado do Rio de Janeiro, e do recente terremoto e tsunami no Japão.

O escuro na Lapa oficializou o gesto: chegou a Hora do Planeta 2011.  Em seguida, ficaram no escuro a Orla de Copacabana, o Arpoador, o Pão de Açúcar, a Igreja da Penha, o Castelinho da Fiocruz, o Monumento aos Pracinhas e o Jockey Clube. 

JUAZEIRO DO NORTE APAGA AS LUZES PARA VER UM MUNDO MELHOR E CHEIO DE ESTRELAS

ESTÁTUA DE PADRE CICERO EM JUAZEIRO DO NORTE/CE

A cidade de Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, participa da Hora do Planeta apagou as luzes de seu monumento mais importante: a estátua do Padre Cícero, fundador do município. Em Juazeiro do Norte, as manifestações da Horado Planeta foram coordenadas pela Estação Astronômica PieGise. Este ano, a Hora do Planeta coincide  com as comemorações pelos cem anos de emancipação política do município.

A estátua, construída em 1969 com 27 metros de altura,  atrai milhões de religiosos e turistas todos os anos para a cidade, considerada um dos maiores centros de religiosidade popular da América Latina.

Enquanto o monumento estivava com as luzes apagadas, a Estação PieGise vai aproveitou a escuridão para convidar os presentes a observarem o céu, oferecendo três telescópios. "O planeta Saturno e seus anéis, estrelas e nebulosas estarão ao alcance de todos", escreveu o responsável pela estação, Valmir Martins de Morais. 

A estação também organizou uma exposição de 20 painéis com imagens captadas por telescópios e sondas espaciais. Trata-se da exposição "Paisagens Cósmicas, da Terra ao Big Bang" cedida pelo Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (USP). Os painéis mostram paisagens cósmicas, com galáxias, o sol, a lua e planetas.

Juazeiro do Norte, com cerca de 250 mil habitantes, fica no sul do estado do Ceará, na região Nordeste do Brasil, a 514 km da capital do Estado, Fortaleza, e foi uma das cidades participantas da Hora do Planeta no Brasil.

BRASIL REPETE SUCESSO E BATE RECORDE NA HORA DO PLANETA


Foto: WWF-Brasil / Cristina Lacerda
 Com a participação de 20 capitais em um conjunto de 123 cidades, os estados do Acre e do Espírito Santo, além de mais de 1.948 empresas e organizações, a Hora do Planeta 2011 bateu um recorde de participação desde que o evento global é realizado no Brasil, há três anos. Em 2009, foram 113 cidades, e, em 2010, 98 cidades. Atrelado ao maior movimento global contra o aquecimento planetário, milhões de brasileiros puderam apagar as luzes de suas residências e conferir monumentos, prédios públicos, empresas e outras edificações sem iluminação por uma hora. Pode parecer pouco, mas o gesto chama para uma grande reflexão e ações sobre os desafios impostos pelas mudanças climáticas e questões ambientais em geral.

"A participação de pessoas, organizações e governos na Hora do Planeta é um gesto concreto em direção à sustentabilidade. Significa que todos estão preocupados e atentos ao aquecimento global e que queremos fazer a nossa parte pelo direito de nossos filhos e netos herdarem um planeta habitável", afirmou Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

Pontualmente às 20h30, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, desligaram um "grande interruptor", cortando a iluminação do Cristo Redentor, da orla de Copacabana, do Arpoador, do Pão de Açúcar, da Igreja da Penha, do Castelinho da Fiocruz, do Monumento aos Pracinhas, do Jockey Clube e, é claro, dos Arcos da Lapa. 

A convite do WWF-Brasil, antes das luzes se apagarem, todos se uniram num emocionante minuto de silêncio em homenagem às vitimas das enchentes no Brasil no início do ano, que afetaram severamente o estado do Rio de Janeiro, e ao recente terremoto e tsunami no Japão.

"Hoje, o Brasil está se juntando a mais de cem países no mundo para mostrar a necessidade de cuidar do planeta. A proteção do meio ambiente é vida e o povo brasileiro pode modificar a realidade atual de degradação. Depende de vocês e de todos nós", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

NO MUNDO:
A Hora do Planeta tomou conta da Europa agora e, ao passar pela Oceania e a Ásia, trouxe consigo uma leva de compromissos relevantes com ações em prol do meio ambiente. 
O ato simbólico de apagar as luzes durante uma hora para expressar a preocupação pelo meio ambiente está obtendo a adesão oficial de milhares de comunidades de 134 países e territórios em todos os continentes. 

"Assistimos, este ano, a uma explosão da participação em várias economias emergentes do mundo. Isso é um sinal encorajador de que esses países começaram a ocupar um lugar cada vez mais proeminente no palco mundial, afirma o diretor-geral da Rede WWF, Jim Leape, que participou do ato oficial de apagar as luzes no Portal da Índia, em Nova Delhi.

"A incrível participação na Hora do Planeta este ano, principalmente aqui em Nova Delhi, atesta a grande preocupação sobre a saúde dos recursos vivos dos quais todos dependemos e constitui o reconhecimento de que cada um de nós pode desempenhar um papel na construção de um futuro sustentável, " disse.

O maior mecanismo de busca da Coréia apóia a Hora do Planeta
O maior mecanismo de busca da Coréia - Naver - lançou uma logo especial no dia e destacou o evento em sua rede social de 5 milhões de usuários, a Me2day. Cerca de 156 cidades participaram do evento e o escritório do presidente da empresa teve suas luzes reduzidas na ocasião.
Chengdu lança um plano para uso da bicicleta em toda a cidade. Shenyang opta pelo reflorestamento
Na China continental, 84 cidades prometeram ir além da hora e os principais centros urbanos do Sudoeste e Nordeste do país adotam ações em prol do planeta.

Em Chengdu, o evento simbólico de luzes apagadas continua depois com a iniciativa para ter até 60 mil bicicletas baratas para aluguel que serão disponibilizadas para o público em mais de mil pontos de aluguel espalhados pela cidade. Enquanto isso, no outro lado do país, Shenyang - uma antiga casa de força - prometeu reflorestar este ano 96 mil acres (38.849,82 hectares) para combater o desmatamento.

Um dos pontos turísticos mais famosos de Beijing, inclusive as construções que sediaram os Jogos Olímpicos, como o Ninho de Pássaro e o Cubo dÁgua, tiveram suas luzes apagadas durante uma hora, somando-se à Torre III do World Trade Center da China, que é o prédio mais alto da cidade.

O Centro Financeiro Mundial de Xangai (que é o prédio mais alto em toda a China); a torre Jin Mao; a torre da Pérola Oriental e a Praça do Povo, todos desligaram as luzes em Xangai. Além disso, a cidade irá criar mil hectares de novos espaços urbanos verdes.
5 mil mongóis enfrentam menos de cinco graus
A Mongólia celebrou sua segunda Hora do Planeta com a presença de 5 mil pessoas que ignoraram as temperaturas de menos cinco graus centígrados, ao redor de uma enorme logomarca da Hora do Planeta, à luz de velas, na principal praça da capital, Ulaan Baatar. Todos os prédios ao redor da praça Sukbaatar apagaram suas luzes de forma coordenada perante a massa e 10 estações de televisão nacionais. A hora de escuridão caracterizou-se pela formalização de promessas para ir Além da Hora, além de apresentações musicais e de um show pirotécnico.

O Vietnã também registrou uma participação impressionante na Hora do Planeta, inclusive 37 províncias e cidades que oficialmente tomaram parte no evento - praticamente dobrou o número de participantes em 2010. As luzes foram apagadas na ponte Huc, na torre Thap Rua, no templo Ngoc Son e no teatro da Ópera de Hanói.

Um evento realizado pelo WWF juntamente com o Comitê do Povo da cidade de Hue, no templo Nghinh Luong, contou com a presença de líderes do Ministério da Indústria e Comércio, Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente, o líder municipal de Hue, representantes de departamentos, empresas, organizações, voluntários, cidadãos e agências de mídia. Todos eles fizeram um minuto de silêncio pela crise no Japão e os representantes governamentais fizeram discursos.

A Televisão Hue transmitiu um concerto regido pelo artista Huy Tuan, com destaque para muitos cantores talentosos e preocupados com o meio ambiente. Entre eles, estavam Mai Khoi, Le Cat Trong Ly, Ngoc Anh, Minh Chuyen, Manh Ninh, e Nguyen Duc Cuong, além do embaixador da Hora do Planeta no Vietnã, Van Mai Huong, que ficou em segundo-lugar no concurso para Ídolo do Vietnã em 2010.

FONTE:
HORA DO PLANETA

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