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domingo, 7 de novembro de 2010

QUEIMADAS TOMAM CONTA DAS ESTRADAS QUE CORTAM O SERTÃO CENTRAL

Estrada do Algodão CE-060 a 12Km do centro de Quixadá
Fotos: Cleumio Pinto
Queimada é uma prática primitiva da agricultura, destinada principalmente à limpeza do terreno para o cultivo de plantações ou formação de pastos, com uso do fogo de forma controlada.
Ao contrário do que preconizam os estudiosos e pessoas que, como Monteiro Lobato, abordaram a prática como um legado nocivo dos índios, as queimadas que estes realizaram ao longo de cerca de doze mil anos de sua presença nas atuais terras do Brasil mantiveram a natureza em equilíbrio - o que deixou de ocorrer, entretanto, com a incorporação da limpeza do terreno pelo fogo à cultura européia introduzida a partir de 1500: a divisão da terra em propriedades, o cultivo monocultor, etc., que dizimaram a flora nativa.[
Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), durante o período de junho a novembro, grande parte do país é acometido por queimadas, que se estendem praticamente por todas as regiões, com maior ou menor intensidade.
A cortina de fumaça tomando a visibilidade dos condutores
As queimadas são autorizadas pelo Ibama sob critérios técnicos, como os aceiros, por exemplo, que impedem a propagação do fogo além dos limites estabelecidos. Ao receber a autorização para a queimada, o proprietário da área é instruído sobre a melhor maneira de executar o trabalho. O Ibama também distribui material educativo sobre as queimadas em regiões onde essa prática é usual. Em situações especiais, o Ibama pode proibir as queimadas, o que não impede que elas ocorram de forma ilegal, provocando incêndios florestais.

Penalidades


Os infratores estarão sujeitos às penas previstas nos artigos 14 e 15 da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). As penas podem chegar a prisão (de três a seis anos) e multas de até R$ 4.960,00. O valor será aumentado com a regulamentação da Lei, pelo Ministério do Meio Ambiente, podendo variar de R$ 50,00 a R$ 50 milhões.
Na visão global, o fogo é considerado natural, pois o número de focos de calor, queimadas e incêndios nesta época de seca prolongada em todo o hemisfério sul. Fazer queimadas para uso agropecuário é uma prática cultural não só do Brasil e de difícil substituição. Caso fossem observadas as normas para queimada controlada e se a população contribuísse deixando de jogar pontas de cigarro acesas nas margens das estradas, apagassem restos de fogo em acampamentos e tivessem maiores cuidados ao lidar com o fogo, seriam menores as estatísticas.
Riscos de Acidentes é constante
Em Quixadá e região é muito freqüente ao longo das estradas que cortam o Sertão Central, a presença de imensos folgareis com uma cortina de fumaça impedindo a visibilidade dos condutores de veículos onde ocasionam o risco de acidentes gravíssimos, sem nenhuma sinalização ou pessoas que possam avisar aos motoristas do fogo nos acostamentos tomando muitas vezes as pistas. A fiscalização é muito a desejar, ou seja não existe.
Os transportes que trafegam com mercadorias inflamáveis tem o risco dobrado, pois além da falta de visibilidade a gigantesca quentura proveniente das queimadas é um verdadeiro barril de pólvora na passagem por este arriscados trechos das estradas que já são estreitas e sem acostamento.
Fica o alerta para as autoridades Quixadaenses, as ONGS, os defensores da natureza, Policia Rodoviária Estadual, IBAMA, CEAGRO e todos os órgãos competente para não permitirem graves acidentes ou incêndios passando a ser uma ação corretiva e não preventiva como rege o bom senso.

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