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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CEARÁ É O TERCEIRO EM EXTREMA POBREZA

Dados do Laboratório de Estudos da Pobreza, da UFC, mostram que 908,9 mil cearenses sobrevivem com até R$ 63,00 por mês. Retirar todos os brasileiros dessa faixa será maior desafio da economista Dilma Rousseff
Situação de miséria perdura e ainda desafia governos
 (FOTO MARCUS CAMPOS )

Sob a estrutura de madeira onde vive, debaixo de um viaduto de Fortaleza, o desempregado Cristiano do Nascimento, 50, alimenta o desejo de ascensão social. “Eu tenho muita esperança de sair daqui, tô esperando por Deus”, diz, seguro da fé, que não costuma falhar. Mas se ela desmoronar no meio do caminho, é possível que um projeto político - longe de ser a salvação de todos os males - consiga cumprir uma das principais promessas feitas em campanha: erradicar a miséria no País.

A promessa é factível. Mas quando acessou os dados referentes ao Ceará, por exemplo, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) se deparou com nada menos que 908,9 mil cearenses sobrevivendo com R$ 63 por mês, dado que posiciona o Estado como terceiro lugar em casos de extrema pobreza, em termos absolutos, segundo o Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Bahia e Pernambuco são os dois primeiros colocados.

Já em termos proporcionais, o Ceará é o quarto no ranking de estados com pessoas em situação de extrema pobreza: 10,6% da população encontra-se nessa situação. No topo dessa lista, estão Alagoas (14,83%), Maranhão (13,9%) e Pernambuco (11%).

O Nordeste está acima da média nacional, sendo 10,67% da população extremamente pobre. No Brasil, são 5,25%.

Segundo os pesquisadores do LEP, os números foram entregues pelo governador Cid Gomes (PSB) a Dilma, que os incorporou a seu plano de governo. Os dados do laboratório têm por base pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para erradicar a pobreza, são necessárias políticas públicas que fixem os emergentes às suas novas classes sociais, avalia o economista e professor da UFC, Alberto Teixeira. “A erradicação não se dá apenas através do âmbito econômico, além de que também depende da conjuntura internacional”, considera.


Hébely Rebouças
hebely@opovo.com.br
Robson Braga
robsonbraga@opovo.com.br

FONTE: O POVO ONLINE

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