Brasília
O Plenário do Senado decidiu, nesta quarta-feira (25), pela manutenção
da prisão de Delcídio do Amaral (PT-MS) líder do governo na Casa. Em sessão
extraordinária foi acolhida a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de
prender preventivamente o senador. O painel registrou 59 votos a favor, 13
contrários e uma abstenção.
Delcídio foi preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal por
suspeita de obstrução da Operação Lava-Jato, que investiga esquema de corrupção
na Petrobras. A prisão preventiva foi autorizada pelo ministro do
Supremo, Teori Zavascki após apresentação de provas pelo Ministério Público Federal
(MPF). A decisão foi depois referendada pela Segunda Turma do STF e encaminhada
ao Senado.
Segundo a documentação encaminhada pelo ministro do STF, o senador teria
negociado a fuga do ex-diretor da área internacional da estatal, Nestor
Cerveró, para evitar uma possível colaboração premiada com a Justiça. Em troca
do silêncio seriam oferecidos R$ 50 mil mensais à família de Cerveró, que está
preso desde janeiro deste ano.
A sessão extraordinária foi realizada para cumprir o que determina a
Constituição Federal em caso de prisão de senador em exercício (artigo 53). No
entanto, o texto constitucional, na avaliação dos senadores, é vago sobre a
forma de votação, se aberta ou sigilosa. Esse ponto provocou debate no Plenário
por mais de duas horas.
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