![]() |
Foto: Ricardo Fernandes /DP/D.A Press |
Brasília – Em visita às obras de transposição do Rio São Francisco, a
presidenta Dilma Rousseff reconheceu hoje (8) que o projeto estava parado em
alguns lotes e disse que, depois de renegociar e ajustar valores dos contratos,
o governo vai cobrar o cumprimento de metas e prazos para a entrega das
obras.
Em agosto de 2011, o Ministério da Integração Nacional reestimou o custo da
obra de R$ 5 bilhões para R$ 6,85 bilhões devido a reajustes contratuais, à
necessidade de aditivos, à elevação de preços para licitação de novos lotes e
aos custos com compensações ambientais. Na ocasião, as obras estavam
completamente paradas em cinco lotes e em pelo menos outros três, seguiam em
ritmo lento.
“Negociamos, resolvemos os problemas técnicos que havia e, agora, queremos
resultados. E isso será cobrado. O recado que vou dar para os consórcios é o
seguinte: nós não atrasamos pagamentos, escutamos os pleitos. Aqueles que nós
consideramos tecnicamente justificados, o ministro aceitou, fez um processo de
renegociação e, a partir de agora, vamos cobrar metas, resultados concretos”,
disse a presidenta depois de visitar um dos lotes da obra, no município de
Floresta (PE).
Dilma disse que, além da viagem de hoje, deve voltar a vistoriar pessoalmente
as obras da transposição este ano e que o acompanhamento será feito
sistematicamente pelo governo. “Teremos uma supervisão praticamente mensal. Não
queremos obras atrasadas, não queremos saber que não deu certo no fim do ano.
Queremos saber antes, porque isso permitirá que a gente faça a nossa parte,
resolva o que disser respeito ao governo. E permitirá também que a gente cobre
dos consórcios”.
Segundo a presidenta, a obra é prioritária por levar água a municípios
nordestinos que sofrem com a seca e pelo investimento público que o projeto
representa. “Para o Brasil, é importante o investimento público, vamos tirá-lo
do papel. Sabemos que, para o Brasil crescer, para melhorar as condições de
vida, tem certas obras que são estruturantes, são prioritárias”, avaliou.
Na segunda etapa da visita, em Juazeiro do Norte (CE), a presidenta
reconheceu a paralisação da obras em alguns trechos, mas disse que o ritmo
deverá ser retomado, com o estabelecimento de metas e prazos. “É óbvio que houve
uma desmobilização, não estamos aqui negando os fatos. Houve uma desmobilização
em alguns momentos porque era necessário recompor as condições contratuais,
principalmente porque os contratos foram feitos baseados em elementos que não
eram os definitivos”.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que acompanha a
presidenta na vistoria, disse que, a partir de março, 13 dos 16 lotes da obra
estarão com ordens de serviço emitidas e frentes de trabalho em ação. “Estamos
remobilizando as obras. O momento mais crítico das negociações foi superado, e a
presença da presidenta reafirma a prioridade do governo, a segurança de que os
recursos estão reservados”, avaliou.
Segundo o ministro, os demais lotes serão licitados novamente até junho.
Amanhã (9), Dilma continua em viagem pelo Nordeste, em visita a trechos das
obras da Ferrovia Transnordestina.
FONTE:
AGÊNCIA BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário