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domingo, 19 de abril de 2015

Restauro de parque histórico de Quixadá é travado por burocracia institucional

Quixadá
As recentes imagens do Açude Cedro, registradas com a utilização de um drone deixaram muitas pessoas ainda mais maravilhadas com a beleza do conjunto arquitetônico cuja obra foi iniciada quando o Brasil ainda era governado por D. Pedro II. Apesar da primeira represa publica construída no País estar apenas com 2,14 % de água, o equivalente a 2,7 milhões de litros, continua encantando quem o vê, quer seja pelas imagens digitais ou nos passeios turísticos.

Apesar do deslumbramento com a paisagem do parque histórico, tombado como Patrimônio Nacional, e recentemente indicado a Patrimônio Mundial pela Unesco, muitos se queixam da falta de estrutura, das pichações e dos pilaretes quebrados, remendados com massa epóxi. As reclamações seriam ainda maiores se soubessem que os galpões situados ao lado da rampa de acesso às paredes do açude não se tratam de ruínas. Por falta de cuidados, estão desmoronando.
Para resolver esses problemas a administração municipal, responsável pela manutenção da estrutura arquitetônica do Açude Cedro e seu entorno, afirma se esforçar para liberar os recursos de R$ 2 milhões e iniciar o restauro. Todavia, conforme o coordenador de Projetos e Convênios da Prefeitura de Quixadá, Francisco Sousa, um impasse se prolonga entre o Ministério do Turismo (MTur) e a Caixa Econômica Federal (CEF), impedindo até a retirara dos valores necessários à elaboração do projeto e contratação de restaurador especializado, conforme orientação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Ainda conforme Francisco Sousa desde o início da atual gestão o Núcleo de Projetos trabalha para viabilizar o início das obras. Além da recuperação dos armazéns das máquinas, onde deverá funcionar o museu “História Viva do Cedro”, haverá lojas de artesanato, a área de estacionamento será urbanizada e ainda serão construídos banheiros e um anfiteatro com uma passarela de acesso ao parque histórico. A contrapartida da Prefeitura, R$ 100 mil, já está disponível. Resta ao MTur e à CEF definirem de quem é a responsabilidade de liberar a verba adquirida através de emenda parlamentar.
Até a publicação desta edição a reportagem do Sertão Alerta não havia conseguido manter contato telefônico com as duas instituições federais, o MTur e a CEF, para se manifestarem acerca das reclamações da Prefeitura de Quixadá, sobre a demora para liberação dos valores destinados à execução da obra.

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