Quixadá
Enquanto a população do Sertão Central aguarda com expectativa o funcionamento do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), cobrado por moradores de Quixeramobim na semana passada, durante uma manifestação de trabalhadores rurais, a equipe do Núcleo de Projetos da Prefeitura de Quixadá trabalha para recuperar o Hospital Municipal Eudásio Barroso. Apesar da crise na área da saúde pública, incluindo o recente afastamento de mais uma secretária da pasta da Saúde, a terceira, o Município já recebeu aval do Ministério da Saúde para readequação da obra.
Enquanto a população do Sertão Central aguarda com expectativa o funcionamento do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), cobrado por moradores de Quixeramobim na semana passada, durante uma manifestação de trabalhadores rurais, a equipe do Núcleo de Projetos da Prefeitura de Quixadá trabalha para recuperar o Hospital Municipal Eudásio Barroso. Apesar da crise na área da saúde pública, incluindo o recente afastamento de mais uma secretária da pasta da Saúde, a terceira, o Município já recebeu aval do Ministério da Saúde para readequação da obra.
Conforme o coordenador do Núcleo de Projetos e Convênios da
administração municipal, Francisco Sousa, a equipe de engenharia da Prefeitura
está trabalhando nas mudanças do projeto elaborado em 2004 e embargado por
problemas técnicos. Dentre esses entraves estão a rede adutora da Companhia de
Água e Esgoto do Ceará (Ceará), ligando a estação de tratamento de água da
cidade ao açude Pedras Brancas e a inviabilidade de construção de alas no
subsolo. A área de ampliação especificada no projeto original é rochosa. Havia
ainda outro problema, o projeto não foi aprovado pela Agencia Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
O departamento de Engenharia da Prefeitura está trabalhando na
readequação do projeto original as condições do terreno e as exigências da
Anvisa. Na proposta de ampliação está prevista a construção de 23 leitos, três
salas cirúrgicas e enfermaria. No subsolo seriam construídas a lavanderia, a
cozinha, refeitório, almoxarifado e necrotério. Esses espaços serão adequados
noutra área do hospital, explicou o arquiteto Felipe Brito.
O orçamento da obra era da ordem de R$ 3 milhões. O Município conseguiu
assegurar o recurso disponibilizado através do Ministério da Saúde para o novo
projeto, mas haverá necessidade de captar mais fundos financeiros, através de
emendas parlamentares. Passada mais de uma década haverá necessidade de
reajuste. O valor total será divulgado após a conclusão do novo projeto.
Atualmente o hospital polo de Quixadá conta com 35 leitos, 10 deles para
traumatologia.
Além da obra de ampliação a equipe de Saúde, contando atualmente com uma
secretária interina, a chefe de Gabinete, Brena Calixto, apronta a estrutura
para o atual centro cirúrgico do hospital polo voltar a funcionar após uma paralisação
de quatro anos. A meta é recuperar a assistência à população nas situações
emergenciais, principalmente de traumatologia. Com a reativação não haverá mais
a necessidade de encaminhar os pacientes com fraturas para outras unidades
especializadas de saúde. Atualmente, a maioria dos encaminhamentos está sendo
feita para o Instituto José Frota (IJF), em Fortaleza.
Segundo a secretária interina,
o retorno da obra era uma prioridade da atual administração, todavia,
torpedeada por várias denuncias e o afastamento de praticamente toda a sua
equipe o prefeito João Hudson Bezerra foi obrigado a ir adiando seu
planejamento. Entretanto, apesar dos contratempos, há um esforço para
reabilitar a saúde pública no Município o mais rápido possível. Além do centro cirúrgico
o estoque de medicamentos está sendo normalizado. Outras medidas para redução
de custos, como o fornecimento de oxigênio, também estão sendo realizadas. O
Município pretende instalar um compressor na Unidade de Pronto Atendimento
(UPA) e consertar o existente no Hospital Municipal, que em breve voltará a se
modelo na região.
A obra de ampliação do Hospital Municipal Eudásio Barroso foi
iniciada havia quase uma década, ainda na administração do prefeito Ilário
Marques. O problema do embargo foi abordado pelo Diário do Nordeste em
maio de 2008. Na época, a Prefeitura havia informado que a remoção dos tubos da
adutora deveria ter acontecido no ano anterior. A Cagece, responsável pela
remoção, estimava a conclusão do trabalho no prazo de 90 dias. A contrapartida
financeira da Prefeitura de Quixadá seria de 50%. O serviço custaria R$ 242
mil, 61% a mais que o primeiro valor orçado, R$ 150 mil, mas nunca foi
realizado.
Quanto ao HRSC o prefeito de Quixeramobim, informou que deverá
começar a funcionar ainda neste primeiro semestre. Segundo o gestor municipal,
o qual tem mantido contato direito com o governador Camilo Santana, falta
apenas a chegada e instalação dos equipamentos das diversas áreas de
atendimento. Para funcionar o Hospital Regional do Estado também precisará de
água. O Município enfrenta um colapso no abastecimento e aguarda a construção
de uma adutora de 60 Km.
NÚMEROS
R$
2.999.085,71 é o valor original da obra de reforma e ampliação do hospital polo
180 dias será o prazo para a conclusão do novo projeto
58 será o número de leitos do hospital polo com a ampliação
R$ 67,6 milhões foi o valor da obra do HRSC
180 dias será o prazo para a conclusão do novo projeto
58 será o número de leitos do hospital polo com a ampliação
R$ 67,6 milhões foi o valor da obra do HRSC
Veja
também a reportagem no Diário do Nordeste > Obras de hospital serão retomadas
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