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domingo, 3 de junho de 2012

Post da semana com o Doutor



Quixadá vive momentos tortuosos com uma série de invasões simultâneas e aparentemente planejadas. Terrenos, lotes e outras propriedades são ocupados com esteio no abuso e na ilegalidade, afrontando o direito de propriedade de muitos.

Questão social? Talvez. Porém, uma grande dose de vil oportunismo se mostra mais visível. Não creio que as pessoas pensem que essas invasões estão ocorrendo por acaso. A história de Quixadá já provou que não. Basta observar que quando o governo municipal é ocupado por determinado partido até certos sindicatos, com aparência combativa, ficam bastante apáticos. Quando o governo muda de mão, vem uma chuva de protestos de várias ordens, incluindo até “sindicalista em greve de fome”. Quando o poder volta para uma dada cor partidária, não há mais fome, quiçá porque alguns literalmente ficam “comendo”.

Recentemente, quando o Prefeito pertencia a um dado partido não havia invasão alguma. Deixou a sigla e, não por coincidência, as invasões explodiram. Será que a população ainda vai sufragar o nome de quem as incentiva? Se não houver memória histórica... O pior é ver como se dá a luta política local, minando as esperanças de uma mudança real. Ao invés de se discutirem “projetos”, os pseudo-líderes  discutem “nomes”, pondo os carros adiante dos bois. Quando o debate gira em torno de nomes, dá lugar ao individualismo, à vaidade, à ganância e à mentira. Nesse sentido, falam até em acordo de cavalheiros em torno de pré-candidato que estiver com mais aprovação popular.

Entretanto, longe da ética inerente a um acordo, o que se vê é um jogo sinuoso onde um já se lança antecipadamente, outro coloca ativistas para dizer que o aliado desistiu, etc. Parece que nada muda; que tudo permanece igual nesse campo. Quando surge um rosto “diferente”, esconde esquemas velhos e carcomidos de práticas políticas viciadas, disfarçando péssimos nomes por trás de propaganda e mídia exagerada.

Espero ver alguém realmente novo, que não saia das entranhas da política partidária ou que não esteja historicamente ligado ao jogo viciado dos partidos. E para finalizar: será que todos esqueceram quem é o culpado pelo desgoverno que vitima Quixadá, ou quem lançou o desastre administrativo existente?     
           
Dr. ROMERO LEMOS.   
           

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