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domingo, 26 de junho de 2011

TRADIÇÕES QUE ENFRENTAM O TEMPO E AINDA ENCANTAM

A Fogueira faz contraste com as novas praças iluminadas mas mantém
o fascínio que nem o tempo apaga
Foto: Adriano Silva
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
 
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

No entanto algumas dessas tradições vão aos poucos dando espaço a tecnologia envolvente que aprisiona o homem ao seu “EU”, tornando cada vez mais as pessoas em seu próprio mundo.
O Tradicional grupo de arrasta pé não esquece as tradições e
não liga para as tecnologias musicais
Foto: Adriano Silva
No Distrito de Açude dos Pinheiros a 5 km da sede da cidade de Ibicidade quem esteve presente a praça principal na noite desta quinta-feira (23), pode ver que algumas tradições ainda resistem ao tempo e fascinam pela simplicidade como eram realizadas as grandes festas de nossos antepassados.

Sem nada de tecnologia musical o que contava era apenas uma sanfona, um triangulo, um batuque e um pandeiro que fizeram a trilha regional que tinha no cenário principal uma fogueira que se mantinha acessa sob a chama das tradições que nunca se apagam.

Até mesmo milho assado na hora e outras comidas típicas podiam ser apreciados na cena rara daquilo que não era uma festa programada e divulgada, mas o encontro de tradições e gerações. Para os mais novos uma novidade que ainda desperta encantos. Aos mais velhos a atração soa como uma melodia saudosa que leva aos tempos onde não só o lampião e a fogueira aqueciam, mas o calor humano de pessoas mais solidárias e próximas.
 
FONTE:
IBICIDADE.COM

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