CRÔNICA > Os quixadaenses que cruzam as
principais ruas da bela cidade se defrontam, todos os dias, com um alegre e
simpático trabalhador das ruas.
Quem
não conhece o popularíssimo Candinho dos churros com seu ar de moço bom, cheiro
de gente boa, jeito de bondade e, mesmo sabendo das dificuldades, está sempre
confiante e feliz? É mais comum vê-lo na praça José de Barros, exatamente onde
trafega um maior número de pessoas. Mas, o carismático vendedor está presente
nas atividades da igreja, parques de diversões, festinhas de aniversário,
próximo ao estádio de futebol da cidade.
Vale
ressaltar que Candinho é muito querido pelas crianças tratando-as com muita
carinho e claro, pelas pessoas adultas. E os churros tem mesmo a cara e
cheirinho de infância. Mesmo sem revelar a quantidade de churros que é
vendida, garante que o apurado lhe garante as suas necessidades diárias.
Antes de se tornar a majestade dos churros na
terra dos monólitos, trabalhou por 17 anos em um bar. Quando abandonou esta
atividade, o irmão Cleber Ribeiro (hoje, cineasta consagrado) o presenteou com
um carro de churros e assim, desde o ano de 2002, trabalha por conta
própria vendendo este tipo de doce, à base de farinha, trigo, água e açúcar.
Tem o apoio dos pais Luis Viriato (seu Lolô) e da simpática Eronice. Os outros
irmãos, Clóvis(Cóia), Carlos(Calila), Cristina e Cláudia sempre exaltam a
leveza, a bondade de Luis Cândido Viriato Ribeiro, seu verdadeiro nome.
Gosta
de lembrar dos tempos de escoteiro, quando garoto, pois aprendeu lições de
fraternidade, lealdade, disciplina, dentre outros benefícios. Tem saudades dos
colegas do escotismo e dos instrutores sargentos Moreira e Paulo. É profundo
admirador de musculação e é grato ao professor Evandir que lhe repassou muitos
conhecimentos sobre o tema. Já foi astro de teatro e trabalhou no filme "O
Casamento" produzido pelo irmão famoso nos anos 80, desempenhando o papel
de Romualdo, tio da noiva.
Ao
pesquisarmos este tipo popular quixadaense, deduzimos que o comércio ambulante
gera oportunidades de emprego, possibilita a sociabilidade nos espaços públicos
e se reflete até numa situação cultural pois, no desenvolvimento dessas
atividades, a cidade ganha destaque especial. Candinho afirma que o melhor do
seu trabalho é a liberdade, o encantamento de não ter patrão. "Se eu
não quiser trabalhar hoje, não vou mesmo!" afirma com autoridade e solta
uma poética gargalhada.
Também
faz questão de afirmar que trabalhar na rua é uma terapia muito legal, pois
rever amigos e surgem novas amizades. Lamenta apenas o fato da violência ter
chegado as ruas da terra dos monólitos. Perguntado o motivo de não ter
priorizado à escola responde com ar de professor: "A melhor Faculdade é a
rua, a gente aprende de tudo!". Na cidade corre um boato de que os churros
preparados pelo popular vendedor dá muita sorte no amor. Em especial nas festas
juninas ou no período do natal, os churros são uma boa pedida para dar de
presente a pessoa querida.
O
vendedor não confirma, mas existem jovens enamorados na cidade que garantem ter
o amor aumentado de intensidade ao saborearem os que foram preparados no seu
carrinho. Verdade ou não, o certo é que Candinho dos churros é uma pessoa
feliz, que ama o trabalho, a família e os amigos. E, com certeza, é um dos
tipos populares mais conhecido e querido na terra dos monólitos. E ninguém
contesta: Ele é mesmo o rei dos churros na terra dos monólitos!
PINTONEWS no
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