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domingo, 31 de agosto de 2014

Pesquisa aponta forte preconceito no comércio de Quixadá

Quixadá
Um grupo composto por sete jovens, todas do sexo feminino, com idade entre 18 e 22 anos, quatro negras e três de pele branca, tiveram a ideia de realizar uma experiência no comércio de Quixadá após uma longa conversa sobre preconceito. Elas conheciam ou já haviam passado por experiências desagradáveis no comércio da cidade por causa da cor da pele. Então, nos últimos três meses, simularam interesse em comprar roupas, joias, perfumes, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis. Fizeram o mesmo teste em lanchonetes, pastelarias e hotéis. Concluíram: o preconceito racial é forte no comércio de Quixadá.

Na experiência, as jovens perceberam enorme diferença na disposição dos atendentes, vendedores e gerentes ao lidarem com garotas negras e brancas. Os vendedores sempre tentaram jogar as meninas negras para produtos mais baratos, como se achassem que negros não pudessem pagar por produtos melhores. O mesmo ocorreu num hotel. Uma garota negra pediu um quarto com cama de casal e ar-condicionado. Os preços foram repassados, mas vieram junto com o lembrete de que havia à disposição quartos mais baratos, inclusive só com ventilador. O mesmo não ocorreu com as garotas de pele branca.
A divulgação da pesquisa foi feita neste sábado, 30, através do portal Monólitos Post, do Sistema Monólitos de Comunicação. Os nomes das jovens, a fonte, e contatos com o grupo de pesquisadoras foram revelados.
De acordo com a Lei N° 9.459 serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena é de um a três anos de reclusão e multa.

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