Um grupo de pessoas, com narizes de palhaço, faixas e apitos, invadiu o plenário da Câmara de Vereadores de Quixadá na manhã desta sexta-feira, 27. Pretendiam alertar as autoridades para a urgente necessidade de recuperação do Hospital Municipal Dr. Eudásio Barroso. Segundo a idealizadora da manifestação o centro de assistência médica está funcionando em precárias condições. Camas e cadeiras de rodas não servem mais. Também faltam médicos. O atendimento é considerado de péssima qualidade.
Além da imediata restauração da unidade hospitalar os manifestantes exigem o início da obra de ampliação do hospital. Desde 2009 está paralisada. Com a conclusão do serviço a população poderá contar com atendimento mais humanizado. Entretanto, há um cano no meio do caminho, na realidade dutos da Cagece. Impedem a continuidade dos serviços de engenharia. A obra também havia sido embargada pela Semace, mas a prefeitura justificou já ter solucionado o problema.
O diretor clínico do hospital, Maximiliano Ludemann, reconhece a necessidade urgente da ampliação do número de leitos. Hoje, o Eudásio Barroso conta com 23. Precisaria de no mínimo 50. Acerca do restante dos problemas justifica terem sido adotadas algumas medidas. Desde abril o hospital conta com dois médicos clínicos, um traumatologista e um anestesista, todos trabalhando em plantões de 24 horas. Todavia a demanda de atendimentos costuma se acentuar nos fins de semana e feriados.
CASA do POVO
Presidente teria tentado impedir manifestantes
De acordo com a mobilizadora do movimento popular o presidente da Câmara de Vereadores de Quixadá. Kleber Júnior, tentou impedir a entrada dos manifestantes. Quando ela se pronunciava, após aprovação do presidente em exercício, Pedro Baquit e da vereadora Edi Leal, ex-presidente da Casa Legislativa municipal, o atual presidente, ausente, determinou a uma servidora que a impedisse. Segundo Claudia Montenegro Kleber Júnior também havia determinado que as filmagens da sessão fossem encerradas.
Em defesa dos manifestantes Pedro Baquit e os demais vereadores e vereadoras presentes destacaram estarem na “Casa do Povo”, portanto, tinham o pleno direito de estarem. Com habilidade Baquit solicitou apenas que cessassem o apitaço, para não prejudicar o andamento dos trabalhos. Foi atendido e aplaudido. Além dele estavam presentes José Maria, Adriana Severo, Capitão e Edi Leal. Ela reconheceu a precariedade do hospital municipal. Pretende cobrar providências mais enérgicas para solucionar o problema.
Tentamos manter contato com o presidente da Câmara de Vereadores de Quixadá. Até o início desta noite os telefones não atenderam.
FONTE:
SERTÃO EM REVISTA
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