Foto: Agência Vale |
Rio de Janeiro – O Vale Brasil, maior mineraleiro do mundo, com capacidade de 400 mil toneladas, também é o mais limpo. A embarcação recebeu no último dia 24 de maio (terça-feira), em Oslo, na Noruega, o prêmio Nor-Shipping Clean Ship Awardao reduzir as emissões de carbono em 35% por tonelada de minério transportada em relação a um navio tradicional, de cerca de 200 mil toneladas.
A redução refere-se à utilização de tecnologia de ponta em equipamentos e ao fato de ser um projeto pioneiro, que privilegia a eficiência energética da embarcação. A feira Nor-Shipping é um dos principais eventos de navegação do mundo, organizado pela Sociedade Naval Norueguesa, a cada dois anos, e patrocinado pelo DNV (Det Norske Veritas).
“O Vale Brasil é uma realidade, em sua primeira viagem já materializa os resultados em sustentabilidade e competitividade idealizados em seu projeto”, afirma Fábio Brasileiro, diretor de Navegação da Vale.
Primeiro de 19 navios encomendados pela Vale a estaleiros da Coréia do Sul e da China, o Vale Brasil tem 362 metros de comprimento e 65 metros de largura e chegou ao Brasil no último dia 5. O primeiro carregamento ocorreu no dia 24, no Píer I do Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís (MA). Foram carregadas 391 mil toneladas de minério de ferro.
Além dos 19 navios próprios, a empresa terá ainda outros 16 com as mesmas dimensões, com operação exclusiva em contratos de longo prazo assinados com armadores parceiros. Esses 35 navios deverão ser entregues entre 2011 e 2013. “Com a nossa frota de navios próprios e contratados, conseguimos diminuir a volatilidade no mercado de frete. A volatilidade afeta não somente o preço do frete, como também o preço do próprio minério. À medida que os novos navios começarem a operar, a estabilidade do frete e do minério será ainda maior, favorecendo a Vale e seus clientes siderúrgicos”, afirma o diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia”, afirma José Carlos Martins.
O Vale Brasil é o primeiro de sete navios encomendados pela empresa ao estaleiro sul-coreano Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co , com um investimento total de US$ 748 milhões. Outras 12 embarcações de 400 mil toneladas estão sendo construídas pelo estaleiro Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, na China.
Do conceito ao projeto básico, a engenharia dos maiores mineraleiros do mundo é brasileira. O desenvolvimento do projeto representou um enorme desafio tecnológico em termos de inovação e o resultado foi atingido. O Vale Brasil permite, por exemplo, uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, além da redução das emissões de carbono. O navio consolida ainda um longo processo de investimentos que a Vale, historicamente, vem realizando em infraestrutura, elemento-chave para a competitividade do minério de ferro brasileiro no mercado internacional.
“Não paramos de investir e inovar. Os investimentos da Vale em infraestrutura são os maiores da história do país, resultando em uma logística eficiente “Não paramos de investir e inovar. Os investimentos da Vale em infraestrutura são os maiores da história do país, resultando em uma logística eficiente para os nosso clientes. Foram US$ 9 bilhões nos últimos seis anos e, somente em 2011, serão US$ 5 bilhões de investimentos na cadeia integrada mina-ferrovia-porto-navegação”, afirma o diretor executivo de Operações Integradas, Eduardo Bartolomeo.
Encomendas aquecem a indústria naval brasileira- Nos últimos dois anos, a Vale encomendou a construção de 51 embarcações, entre rebocadores, comboios fluviais e catamarãs, a estaleiros nacionais, contribuindo para o aquecimento da indústria naval brasileira, com a geração de 2.465 empregos diretos e indiretos e investimento de R$ 403,9 milhões. Além disso, a Log-In Logística Intermodal, empresa coligada à Vale, tem encomendas de sete navios ao Estaleiro Ilha S/A (EISA), no Rio de Janeiro, sendo cinco porta-contêineres e dois graneleiros. As encomendas vão gerar cerca de seis mil empregos diretos e indiretos cada uma. O investimento total nas embarcações é de cerca de R$ 1 bilhão.
FONTE:
PORTAL FATOR BRASIL
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