Foto: Wilton Junior / AE |
Bombeiros começam a deixar o quartel de Charitas, em Niterói, na Região metropolitana do Rio. Eles estavam presos desde o último dia 4 por terem invadido o quartel Central do Corpo de Bombeiros.
Na saída, Gerson de Azevedo Melo disse que a liberdade não basta e que ele quer anistia, já que todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público.
- Quero anistia porque aqui não tem vagabundo. Aqui só tem trabalhador e chefe de família. Meus familiares também querem a anistia. Eles têm medo que eu volte para a prisão. Vamos para a Alerj lutar pelos nossos direitos.
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros - muitos acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel Central da corporação, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que havia começado no início da tarde em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950 para R$ 2.000 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de paralisações e manifestações desde o início de abril. Seis líderes dos movimentos chegaram a ser presos administrativamente em maio, mas foram liberados.
Pressionado por dezenas de protestos e diante da grande repercussão do caso, na quinta-feira (9), o governador anunciou aumento de 5,58% nos salários de bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários. Para isso será antecipado de dezembro para julho os reajustes que já eram previstos. Ele ainda anunciou a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil e nomeou o comandante Simões como titular da pasta.
Na sexta-feira (10), um pedido de liberdade feito pelos deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ), Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e Doutor Aluizio (PV-RJ) foi aceito pelo desembargador Claudio Brandão de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Rio. Os 439 bombeiros responderão em liberdade após serem autuados em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viatura, dano às instalações e por impedir e dificultar a saída para socorro e salvamento. A pena para estes crimes varia de dois a dez anos de prisão.
FONTE:
R7.COM
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