Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro |
Amanhã (7/10) a Petrobras inaugura a expansão das instalações do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. Essas novas instalações, apresentam arrojadas técnicas de construção, sustentabilidade e ecoeficiência, representando um salto para o desenvolvimento de tecnologia na Petrobras.
Com a ampliação, o complexo na Ilha do Fundão ocupará mais 300 mil m2, tornando-se um dos maiores centros de pesquisa aplicada do mundo. Serão diversos laboratórios destinados a atender as demandas tecnológicas das áreas de negócio da Petrobras, com destaque para os laboratórios de Biotecnologia, Meio Ambiente e Gás & Energia. A ampliação também contará com modernos laboratórios para atender exclusivamente as demandas do pré-sal.
Parcerias para crescer
A ampliação do Cenpes é parte de uma estratégia da Petrobras para ampliação da capacidade experimental do parque tecnológico brasileiro. A Companhia é hoje a empresa que mais investe em ciência e tecnologia no país. Nos últimos três anos (2007-2009) foram investidos R$ 4,8 bilhões, sendo R$1,2 bilhão para universidades e institutos de pesquisa nacionais, parceiros da Petrobras na construção de infraestrutura experimental, na qualificação de técnicos e pesquisadores e no desenvolvimento de projetos de pesquisa.
Para fazer a gestão de investimentos dessa envergadura, foi criado o modelo de Redes Temáticas, em 2006. A empresa identificou 50 temas estratégicos na área de petróleo e gás e para cada tema selecionou potenciais colaboradores, que hoje somam cerca de 100 instituições nacionais de Pesquisa & Desenvolvimento.
“A área laboratorial construída por meio dessa estratégia nas universidades brasileiras já é cerca de quatro vezes a área existente do Cenpes e, para cada pesquisador nosso, outros dez participam, nas suas respectivas instituições de pesquisa, de estudos relacionados à solução de desafios enfrentados pela Petrobras. Os investimentos feitos nas universidades, associados aos investimentos que estamos fazendo com a expansão do Cenpes, estão transformando o parque tecnológico nacional para óleo e gás em um dos mais bem aparelhados do mundo”, explica Carlos Tadeu da Costa Fraga, gerente executivo do Centro de Pesquisas.
Este movimento não se restringe à comunidade nacional de Ciência e Tecnologia. Com o pré-sal, a escala e a complexidade das demandas da Petrobras têm aumentado bastante e fornecedores tradicionais, incluindo grandes multinacionais, estão estabelecendo com a Companhia parcerias de longo prazo. A fim de estreitar ainda mais esse relacionamento e ampliar a troca de conhecimentos, a Petrobras tem estimulado essas empresas a construir centros de pesquisa no Brasil, em locais próximos às instalações da Companhia ou de universidades parceiras.
Somente no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizado próximo ao Cenpes, já foi anunciada a construção de centros de pesquisas de pelo menos quatro importantes fornecedores de equipamentos e serviços da indústria de energia: Schlumberger, Baker Hughes, FMC Technologies e Usiminas.
Infraestrutura de ponta
A ampliação do Centro de Pesquisas da Petrobras conta com instalações inovadoras. Entre elas está o Núcleo de Visualização Colaborativa (NVC), com ambientes para desenvolvimento de estudos e projetos com simulação tridimensional. Os pesquisadores e especialistas poderão trabalhar remotamente no NVC e em outros locais, como se estivessem imersos dentro do modelo estudado. O prédio conta ainda com nove alas dedicadas a instalações laboratoriais e um prédio central com áreas administrativas e espaços de convivência e trabalho colaborativo.
O sistema de reaproveitamento de águas merece destaque. A água da chuva, que é coletada através do telhado e do piso, será reaproveitada na irrigação de jardins e no fornecimento para os sanitários. Já os efluentes sanitários, oleosos e químicos serão tratados na Etra (Estação de Tratamento e Reuso de Águas) e reutilizados no sistema de ar condicionado, permitindo redução do consumo de água potável.
A Central de Utilidades, considerada o coração do complexo, é responsável pela distribuição de energia elétrica, geração de energia através do gás do diesel; pelo recebimento de água tratada pela Etra e pelo fornecimento dos insumos básicos para a operação do complexo. Usando tecnologia de última geração, a Central possui diversos sistemas capazes de fornecer todas as utilidades, garantindo sua constante e segura operação.
Ecoeficiência e Sustentabilidade
O desenho de linhas modernas, de autoria do arquiteto brasileiro Siegbert Zanettini, concorreu ao Prêmio Mundial de Construção Sustentável, da tradicional organização internacional Holcim Foundation, além de ter sido destaque na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura (BIA), em 22 de outubro de 2006. O projeto se candidatou, ainda, à certificação verde, fornecida pelo Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), uma ferramenta utilizada para avaliação e classificação do desempenho ambiental dos edifícios.
Para maior harmonização da área construída existem espaços verdes entre as edificações, laboratórios e jardins internos dos prédios, favorecendo a integração do ser humano com a natureza no local de trabalho ao recriar um ambiente que estimule a criatividade e inovação, motivando a produtividade do pesquisador.
Enfatizando os conceitos de ecoeficiência, ocorre o maior aproveitamento possível de áreas de sombra e ventilação para menor consumo de energia elétrica e carga de ar condicionado, minimizando a incidência direta de sol nos ambientes internos. Os tetos possuem aberturas translúcidas e haverá venezianas direcionais em cada dependência, com inclinação calculada para a captação da luz solar e da ventilação natural. Quando alcançado o nível ideal de iluminação, apagam-se automaticamente as luzes artificiais, mantendo-se o mesmo padrão de claridade.
Em sua construção foram combinadas estruturas em aço com estruturas de concreto, previamente projetadas para evitar cortes e descartes e, conseqüentemente, reduzir a produção de resíduos. Eventuais sobras de materiais, como concreto e chapas, foram reaproveitadas na própria obra.
A ampliação gerou cerca de seis mil empregos diretos e quinze mil empregos indiretos durante a execução da obra.
FONTE: AGÊNCIA PETROBRAS
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