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segunda-feira, 13 de junho de 2011

MAGAZINE LUÍZA NEGOCIA A COMPRA DO BAÚ DA FELICIDADE


Movimento em loja da rede de varejo Magazine Luiza, Foto: Zanone Fraissat - FolhaPress
O Magazine Luiza anunciou nesta segunda-feira um acordo para a compra de 121 lojas da rede Baú da Felicidade, do grupo Sílvio Santos, por R$ 83 milhões. O valor será pago na data de fechamento da transação, em 31 de julho.

A maioria das unidades está no Paraná (80). Outras 40 estão em São Paulo e uma delas fica em Minas Gerais.

Às 10h20, as ações ordinárias do Magazine Luiza registravam alta de 1,86% na Bolsa de Valores de São Paulo, sendo negociadas a R$ 17,47. O volume de negócios estava em torno de R$ 656 mil.

De acordo com o comunicado ao mercado emitido pelo Magazine Luiza, "a aquisição reforça a estratégia de consolidação da presença nos mercados de atuação, com destaque para o fortalecimento das operações no Paraná e na região metropolitana de São Paulo". As lojas, completa a nota, "estão localizadas em pontos comerciais estratégicos, com foco na classe C, mesmo público-alvo das lojas do Magazine Luiza".
 
Com a compra, a empresa aumenta a área total de vendas em mais 46 mil metros quadrados, tamanho equivalente a cerca de 11% da área de vendas atual. Parte das lojas adquiridas deverá ser convertida em lojas virtuais (apenas com computadores e vendedores, sem produtos), reforçando a estratégia da empresa de investimento nesse canal.

O comunicado destaca ainda que, principalmente na região metropolitana de São Paulo, o Magazine Luiza aumentará a presença com 10 lojas "estrategicamente localizadas em bairros da capital, como Santo Amaro, Lapa e São Miguel Paulista, e nas cidades de Guarulhos, São Bernardo do Campo, Osasco e Santo André".

Todas as lojas adquiridas estão no mesmo raio de atuação da empresa, o que vai permitir no médio prazo ganhos de escala com o compartilhamento das despesas de propaganda e logística, ressalta a nota. Devido à sobreposição de algumas unidades em cidades que não precisam de lojas adicionais, a empresa informa que poderá "juntar, fechar, alienar ou transferir alguns dos pontos comerciais do Baú".

REESTRUTURAÇÃO

O grupo Sílvio Santos decidiu se reestruturar para amenizar os impactos da venda do banco PanAmericano para o BTG Pactual após a descoberta de uma fraude contábil, que gerou rombo bilionário na instituição.

Nos próximos cinco anos, a rede irá concentrar seus negócios em três pilares: consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização, com a Tele Sena. "Éramos um grupo muito pulverizado e resolvemos focar naquilo que é o grande conhecimento do grupo", disse Lásaro do Carmo Jr., vice-presidente do grupo, à Folha em entrevista no final do mês passado.

Outras empresas, como a seguradora Panseg, a construtora Sisan e os hotéis Jequitimar, permanecem no grupo, mas sem grandes investimentos. Segundo afirmação do executivo na ocasião, o grupo decidiu vender o Baú, conhecido pela venda de carnês para compra de produtos, devido à concorrência. "Para competir nesse mercado, você tem de ser um Walmart, um Pão de Açúcar."
 
FONTE:
FOLHA.COM

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